SOROCABA, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, faz nesta sexta-feira (14) em Sorocaba (SP) sua primeira agenda pública no cargo. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele formaliza a entrega de 789 ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que serão enviadas a 558 municípios de 21 estados.

Segundo o governo federal, é a maior frota já entregue pela gestão, com investimento de R$ 243,5 milhões por meio do Novo PAC.

Em discurso de cerca de dez minutos, Padilha agradeceu à ex-ministra da saúde Nísia Trindade pelo trabalho à frente da pasta, prometeu a entrega de mais de 1.500 ambulâncias do Samu até maio e reafirmou compromisso em reduzir as filas no SUS (Sistema Único de Saúde).

Também participa do evento o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e prefeitos de cidades que receberão os veículos. Sorocaba, por exemplo, receberá quatro ambulâncias. Ao ter o nome anunciado, o prefeito do município, Rodrigo Manga (Republicanos), foi vaiado pelo público que acompanha a cerimônia, alguns exibindo bandeiras do PT.

Das ambulâncias, 703 são para renovação da frota de 501 cidades em 13 estados. Cada um custou R$ 289 mil, totalizando R$ 203,1 milhões.

Outros 86 veículos (Unidades de Suporte Avançado) são para expansão do Samu 192 em 72 cidades de 17 estados, ao custo de R$ 469,8 mil cada um (R$ 40,4 milhões no total).

De acordo com o governo Lula, essas ambulâncias poderão atender 20,4 milhões de pessoas, das quais 1,7 milhão estavam sem cobertura.

DEMISSÃO DE NÍSIA

Padilha, que assumiu o Ministério da Saúde na última segunda-feira (10), foi escolhido em 25 de fevereiro para substituir Nísia. A troca se deu após cobranças do presidente Lula para que a pasta emplaque uma ação de maior visibilidade, uma marca.

Em evento que marcou a sua despedida, a socióloga afirmou que foi alvo de ataques machistas à frente do minitério.

“Não posso esquecer que, durante os 25 meses em que fui ministra, uma campanha sistemática e misógina ocorreu de desvalorização do meu trabalho, da minha capacidade e da minha idoneidade. Não é possível e não aceito, e acho que não devemos aceitar como natural um comportamento político desta natureza”, disse na segunda-feira.