VIENA, ÁUSTRIA (FOLHAPRESS) – Pacientes com câncer que foram vacinados contra a Covid-19 aparentam ter menor risco para condições cardiovasculares como tromboses e infarto, sugere uma nova pesquisa. Essa redução chegou até 34% quando os pesquisadores compararam um grupo de pessoas que foram imunizadas com aquelas que não tiveram acesso à vacina.

Publicado na revista científica The Lancet Regional Health, o artigo avaliou dados de 2.729 pacientes com diagnóstico para diferentes tipos de cânceres nos Estados Unidos, México e Canadá. Desse total de participantes, 1.347 haviam tomado pelo menos duas doses de vacina contra a Covid-19, enquanto que o resto, não. Além disso, todos eles foram infectados pelo Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19.

Todos esses pacientes foram acompanhados para observar se existia uma associação entre a vacinação e problemas cardiovasculares. Os cientistas dividiram essas complicações em dois grupos. O primeiro incluiu, entre outros, arritmias, infarto e insuficiências cardíacas. Já o segundo grupo envolveu eventos cardiovasculares como AVC (Acidente Vascular Cerebral), embolia pulmonar e tromboses.

Ao comparar os participantes em relação a esses desfechos de saúde, os pesquisadores observaram que os imunizados apresentaram menor prevalência de problemas cardíacos. O grupo de pacientes com câncer vacinados teve um risco 34% menor para complicações como arritmias, infarto e insuficiências cardíacas em comparação aos que não foram vacinados antes da infecção pelo Sars-CoV-2. Para eventos como AVC, embolia pulmonar e tromboses, também houve uma redução entre os imunizados, só que nesse caso de 24%.

Essas conclusões encontradas no estudo são inéditas. Outras investigações já haviam observado evidências de que a vacinação contra a Covid-19 reduzia o risco de diagnóstico para a infecção em pacientes com câncer, algo também observado em pessoas sem histórico de tumores.

Ao comparar os participantes em relação a esses desfechos de saúde, os pesquisadores observaram que os imunizados apresentaram menor prevalência de problemas cardíacos. O grupo de pacientes com câncer vacinados teve um risco 34% menor para complicações como arritmias, infarto e insuficiências cardíacas em comparação aos que não foram vacinados antes da infecção pelo Sars-CoV-2. Para eventos como AVC, embolia pulmonar e tromboses, também houve uma redução entre os imunizados, só que nesse caso de 24%.

Essas conclusões encontradas no estudo são inéditas. Outras investigações já haviam observado evidências de que a vacinação contra a Covid-19 reduzia o risco de diagnóstico para a infecção em pacientes com câncer, algo também observado em pessoas sem histórico de tumores.

No entanto, antes de iniciar o estudo, os cientistas realizaram uma busca a fim de identificar se existiam pesquisas voltadas para entender a relação da imunização com complicações cardiovasculares em pessoas com câncer. O resultado foi que não havia nenhum artigo desse tipo já publicado, fazendo com que o novo estudo seja o primeiro.

Não está claro por que essas vacinas podem diminuir os riscos de aparecimento de problemas cardíacos. Uma das hipóteses para explicar isso é que, por si só, a infecção do Sars-CoV-2 aumenta as chances de complicações cardiovasculares. Como a imunização diminui consideravelmente a evolução da Covid-19 para quadros graves, essas vacinas também poderiam acarretar numa maior proteção para diferentes problemas cardíacos.

Embora existam várias limitações no artigo, como um número pequeno de pacientes acompanhados, a conclusão final demonstra a importância da vacinação para proteger não só contra a infecção viral, mas também quando se pensa em problemas relacionados a ela.

Esse aspecto é ainda mais relevante no casos de pacientes com câncer, já que eles apresentam maior risco para a Covid-19 por conta da deficiência no sistema imunológico causada por tumores. “Nossos resultados têm implicações importantes para recomendações de vacinação na população oncológica”, concluíram os pesquisadores no artigo.