Da Redação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou que seu julgamento ocorra no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), composto pelos 11 ministros da Corte, em vez de na Primeira Turma, onde atualmente tramita o caso. O pedido foi apresentado nesta segunda-feira (10/3), como um recurso contra a decisão que manteve os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin no julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta trama golpista envolvendo Bolsonaro e mais 33 pessoas.
A defesa do ex-presidente argumenta que Dino, quando ministro da Justiça, apresentou uma queixa-crime contra Bolsonaro e que Zanin atuou como advogado da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que comprometeria sua imparcialidade. O pedido para afastar os dois ministros já havia sido negado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que não viu justificativa legal para a alegação de impedimento.
Caso Braga Netto e o prazo negado
A Procuradoria-Geral da República também se manifestou contra a prorrogação do prazo para a defesa do general Walter Braga Netto, outro denunciado no caso. O ministro Alexandre de Moraes já havia rejeitado o pedido, e o procurador-geral, Paulo Gonet, reforçou que não há previsão legal para a extensão solicitada.
Braga Netto, que está preso preventivamente desde dezembro, alegou não ter tido acesso completo à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e queria se manifestar somente após a defesa de Cid. Apesar do recurso, a defesa do general já enviou sua resposta ao STF, classificando a denúncia como “fantasiosa”. Segundo a Polícia Federal, ele teria tentado obstruir as investigações e coordenar versões entre os investigados.
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