Da Redação

O número de casos de doenças respiratórias em Goiás tem aumentado significativamente neste ano. Até o momento, foram registradas 836 notificações, um salto em relação às 638 ocorridas no mesmo período do ano passado. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensifica os alertas à população sobre a necessidade de reforçar os cuidados para conter a disseminação dessas infecções.

Segundo a SES, a alta nos registros entre crianças e adolescentes já era esperada, especialmente após o retorno às aulas e as aglomerações típicas do período de carnaval. Para minimizar os riscos, a pasta enfatiza a importância da vacinação contra a Covid-19 e a Influenza, lembrando aos pais e responsáveis que manter a imunização em dia é uma das principais formas de proteção.

Além da vacinação, outras medidas simples podem contribuir para a prevenção, como cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel quando não houver disponibilidade de água e sabão e evitar locais fechados e mal ventilados. O uso de máscara de proteção também é recomendado para aqueles que apresentarem sintomas respiratórios.

A SES explica que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pode se manifestar como uma gripe comum, mas, em alguns casos, evolui para dificuldades respiratórias que exigem hospitalização. A condição pode ser causada por diferentes agentes infecciosos, incluindo os vírus Influenza A e B, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o SARS-CoV-2, além de bactérias e fungos.

Outro alerta das autoridades sanitárias é o risco do aumento da bronquiolite, infecção viral que afeta as vias respiratórias, atingindo principalmente crianças menores de dois anos. O VSR é apontado como o principal causador dessa condição, que pode evoluir para quadros mais graves. Somente em janeiro, 97 crianças foram internadas na rede estadual devido à bronquiolite. Em fevereiro, esse número mais que dobrou, alcançando 202 internações.

Com o avanço dos casos, a Secretaria de Saúde reforça o pedido para que a população siga as recomendações médicas, evite a automedicação e, ao apresentar sintomas mais severos, busque atendimento médico o quanto antes.