SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cantora Daniela Mercury voltou a criticar o cantor Tony Salles por ter se aproximado dela com o seu trio no Carnaval de Salvador na segunda (3). Ela disse que não se importa com as criticas por ter respondido o pagodeiro.
“Me posicionar e me impor diante de situações como essa é considerado por muitos como um chilique, um exagero, somente porque sou mulher e LGBT+. Foi violento o que ele fez. Não sei se ele faria com Bell Marques o mesmo”, afirmou em entrevista ao UOL.
Daniela Mercury lamentou que o assunto tenha ganhado mais repercussão do que seu trabalho no Carnaval, que para ela foi positivo, mas ela diz que entendeu o caso.
Uma pena que um ato de total desrespeito de um colega comigo tenha chamado tanta atenção nesse Carnaval, que foi espetacular para mim e importante para o gênero”, comentou.
“Sobre essa situação com Tony, se minha esposa, que é uma jornalista experiente, não tivesse esclarecido imediatamente o que aconteceu, a opinião pública estaria me culpando pelo atraso de Tony”, concluiu.
RELEMBRE O CASO
Daniela Mercury e Tony Salles trocaram farpas durante a madrugada no circuito Dodô (Barra-Ondina), no Carnaval de Salvador. A baiana não gostou da rápida aproximação do trio de Salles, o que resultou numa falha no áudio.
Quando percebeu que o comboio do colega se aproximava, Daniela parou de cantar o clássico “Maimbe Danda” e começou a encarar o artista. Em seguida, esbravejou.
“Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu, Tony? Respeite que não sou moleca, rapaz. Ficou feio”, disse ela no microfone.
Após ouvir a reclamação, Salles retrucou de cima do seu trio. Segundo ele, o motivo da pressa foi que ele tinha outros eventos já programados e, por isso, teria de se apresentar de forma mais rápida.
“A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa”, começou.
“O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é por que sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar”, reclamou.