Da Redação

As relações entre Rússia e França esquentaram após declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a necessidade de reforçar a defesa nuclear europeia diante da suposta ameaça russa. O governo de Vladimir Putin não demorou a reagir, classificando o discurso de Macron como desconectado da realidade e contraditório.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez duras críticas ao líder francês, acusando-o de mudar constantemente de posição e enganar a população. “Macron faz declarações que não têm ligação com a realidade e se contradizem o tempo todo. Ele precisará dar explicações ao seu próprio povo”, afirmou Zakharova, conforme repercutido pela agência Ria Novosti.

Macron Defende Estratégia Nuclear da França

A fala do presidente francês ocorreu em um pronunciamento oficial à nação, onde ele alertou que a postura da Rússia representa um risco contínuo para a Europa. Três anos após o início do conflito na Ucrânia, Macron afirmou que Moscou continua a agir de forma agressiva e imprevisível, o que reforça a necessidade de um debate estratégico sobre a segurança do continente.

O presidente francês destacou que a França, sendo a única potência nuclear da União Europeia, tem um papel fundamental na proteção regional. Ele defendeu a ampliação do conceito de dissuasão nuclear para englobar não apenas os interesses nacionais franceses, mas também a segurança coletiva europeia.

Atualmente, estima-se que a França possua cerca de 290 ogivas nucleares, sendo o quarto maior arsenal do mundo, atrás de Rússia, Estados Unidos e China, segundo a Federação de Cientistas Americanos.

Alemanha Anuncia Investimentos em Defesa

Enquanto Macron busca consolidar o papel nuclear da França na segurança europeia, a Alemanha anunciou uma mudança significativa em sua política de defesa. Apesar de não possuir armamento nuclear, Berlim revelou um plano para destinar centenas de bilhões de euros à modernização militar e à infraestrutura do país.

Esse movimento sinaliza uma nova abordagem da Alemanha em relação à sua segurança e defesa, refletindo o aumento das tensões geopolíticas no continente e a necessidade de maior preparo diante das incertezas do cenário internacional.

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