Da Redação

O aumento de casos de febre amarela no Brasil e em outros países das Américas acendeu um sinal de alerta na Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 15 casos da doença, incluindo oito mortes em São Paulo. Minas Gerais e Tocantins também registraram infecções. Em todos os óbitos, as vítimas não haviam sido vacinadas.

Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES/GO) reforçou a importância da vacinação, especialmente para quem vive ou pretende viajar para áreas de risco, como regiões de mata e rurais. Apesar de Goiás não registrar casos desde 2017, a preocupação aumenta com a proximidade do carnaval e o fluxo de viajantes.

Atualmente, a cobertura vacinal do estado está em 72,77%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A vacina, altamente eficaz, deve ser tomada pelo menos 10 dias antes da exposição ao vírus. Crianças entre 9 meses e 5 anos devem receber duas doses, enquanto adultos até 59 anos precisam de uma única aplicação caso ainda não tenham sido imunizados.

Além da vacinação, medidas de proteção, como o uso de roupas compridas e repelentes, são essenciais para reduzir o risco de transmissão, já que a febre amarela é propagada pela picada de mosquitos silvestres. Para quem recebeu a dose fracionada em 2018, o Ministério da Saúde recomenda uma dose adicional se houver viagem para áreas afetadas.

Mesmo com a vacina disponível, a febre amarela segue como uma enfermidade grave, com taxas de mortalidade que podem chegar a 50% nos casos mais severos. A OMS enfatiza que o uso de doses fracionadas, como ocorreu no Brasil em 2018, pode ser uma estratégia eficaz para ampliar a proteção da população em situações emergenciais.