SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O temporal que atingiu a capital paulista na tarde desta sexta-feira (14) colocou toda a capital paulista em estado de atenção por quase duas horas e fez a Defesa Civil do Estado de São Paulo enviar o alerta severo de risco de deslizamentos e alagamentos.
Por causa dos reflexos de alagamento na região da ponte das Bandeiras, que impediu a passagem dos carros, foi formado um grande congestionamento na marginal Tietê, sentido zona leste.
Com o fim da chuva, no começo da noite, as pistas estavam liberadas. Mas às 17h30, os reflexos do alagamento na marginal provocaram 31,5 km de lentidão.
Apenas na pista central da marginal, eram 19 km de engarrafamentos às 18h, como reflexos da chuva.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 18h eram quase 800 km de congestionamento na capital.
A cidade entrou em estado de atenção para alagamos às 13h35, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas). Às 14h20, os celulares de quem estava em parte da zona leste recebeu o alerta da Defesa Civil de risco severo. Moradores de outras regiões próximas também receberam a mensagem, mas a Defesa Civil diz que ela foi enviada apenas para a zona leste.
Com a diminuição das chuvas, o estado de atenção foi retirado às 15h25.
Segundo a Defesa Civil estadual, a partir de dados das estações do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), a cidade de SP acumulou 52 mm de chuva nas últimas horas.
Pouco antes, o CGE já havia colocado em alerta a região da Vila Prudente, em razão da iminência de transbordamento do córrego Mooca, no cruzamento da avenida Salim Farah Maluf com avenida Vila Ema.
Às 14h30, segundo o CGE, a cidade já tinha sete pontos de alagamentos intransitáveis: av. Olavo Fontoura, na Casa Verde, e av. José Bernardo Pinto, na Vila Guilherme (zona norte); av. Santos Dumont, no Bom Retiro (centro), av. Marquês de São Vicente, na Lapa (zona oeste), e na rua Vilela, na av. Radial Leste e na rua Serra do Japi, todas na Mooca (zona leste).
Ainda de acordo com o órgão municipal, o calor e a chegada da brisa marítima favorecem a ocorrência de chuvas na forma de pancadas, principalmente entre o final da tarde e o início da noite.
A chuva também prejudicou o sistema ferroviário, segundo a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Entre 14h20 e 17h25, os trens da linha 12-safira, na região entre as estações Engenheiro Goulart e Tatuapé, na zona leste, ficaram com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas plataformas, devido pontos de alagamentos.
O circulação dos trens do Expresso Aeroporto, da linha 13-jade, teve de ser interrompida. A CPTM chegou a anunciar que ela iria parar de vez às 20h, para a realização da manutenção de aparelho de mudança de via na região da estação Engenheiro Goulart, danificado em decorrência das chuvas, mas depois disse que votaria a funcionar.
Após as chuvas mais fortes, às 17h30, a Enel informava que 52,2 mil imóveis estavam sem energia elétrica em sua área de concessão, que engloba 24 municípios. Só na capital eram 40,8 mil casas.
Das 12h às 15h07, o Corpo de Bombeiros diz ter recebido seis chamadas para quedas de árvores e três para alagamentos na região metropolitana.
A onda de calor que começou nesta quarta-feira (12), com temperaturas entre 33°C e 35°C, deve se prolongar até o fim do mês, deixando a sensação de abafamento durante o dia, mas com a possibilidade de pancadas isoladas de chuva no final das tardes.
O atual recorde de temperatura do ano na cidade de São Paulo é de 33,9°C, registrado no dia 22 de janeiro.
Para o sábado (15), a previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) é que os termômetros fiquem na casa dos 32°C. No entanto, no domingo e na segunda, eles podem superar os 34°C, com a diminuição das chuvas.