SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A plataforma de vídeos Rumble, popular entre influenciadores da direita, anunciou seu retorno ao Brasil na noite deste sábado (8).
A empresa não explicou o motivo da decisão. Em dezembro de 2023, o CEO da rede social conservadora, Chris Pavlovski, tinha anunciado que ia desativar o acesso ao site no Brasil, alegando como motivo a ordens de suspensão de perfis de criadores de suas redes. E dizia também iria recorrer das decisões.
Nesta sexta-feira (7), Moraes liberou as redes sociais do influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark. O Rumble estava entre as plataformas em que o podcaster tinha sido bloqueado.
Pouco depois de divulgar um tuíte em que Pavlovski dizia que o Rumble poderia voltar ao Brasil e que em breve haveria mais informações a respeito, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um post fazendo divulgação do canal do programa de Allan dos Santos na plataforma.
A conta do Terça Livre estava disponível para acesso na plataforma na noite deste sábado. Allan dos Santos é considerado foragido pela Justiça brasileira desde que teve a prisão preventiva ordenada, em 2021, no âmbito do inquérito de fake news.
Eduardo Bolsonaro afirmou que o programa promete voltar a ser diário e estimula os seguidores a baixar o aplicativo. “O @tercalivre promete retornar aos seus programas diários no @rumblevideo e @TruthSocial. Baixe os aplicativos também e fuja da imprensa manipuladora”, disse o deputado em seu perfil.
No inquérito das fake news, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), Allan dos Santos é acusado dos crimes de calúnia, injúria e difamação.
O ministro determinou, no final de janeiro, a suspensão de contas em redes sociais da Revista Timeline, de Allan dos Santos em conjunto com o jornalista Luís Ernesto Lacombe e Max Cardoso, no X (ex-Twitter), Instagram e YouTube. A decisão foi dada no âmbito do processo contra Allan dos Santos, que corre sob sigilo.
Pavlovski esteve entre as pessoas ouvidas no ano passado em audiência no Congresso dos Estados Unidos sobre o Brasil, em que bolsonaristas alegaram sofrer perseguição e censura pelo Judiciário.
No fim de novembro do ano passado, o CEO do Rumble postou foto com Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, e Elon Musk, dono do Twitter e atualmente responsável por comandar um departamento no governo do republicano. Na legenda da imagem, ele escreveu: “Liberdade de expressão salva”.