Da Redação
O número de aposentados e pensionistas que dependem de crédito consignado para fechar as contas no fim do mês continua a subir. Atualmente, mais de 15 milhões de beneficiários do INSS possuem pelo menos um empréstimo ativo, evidenciando uma realidade financeira desafiadora para essa parcela da população.
Para aliviar a pressão sobre os endividados, o governo decidiu ampliar o prazo máximo de pagamento dos consignados, passando de 84 para 96 meses. A intenção é reduzir o valor das parcelas, dando um fôlego maior para quem precisa desse recurso.
Segundo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, a medida busca evitar que os aposentados entrem em um ciclo vicioso de renovação de dívidas, garantindo que tenham mais controle sobre suas finanças. Apesar disso, especialistas alertam que prazos mais longos podem resultar em custos totais mais elevados devido aos juros acumulados ao longo dos anos.
O aumento do endividamento entre aposentados reflete um cenário econômico onde o custo de vida cresce mais rápido que os reajustes das aposentadorias, tornando o crédito consignado uma necessidade para muitos. No entanto, a recomendação dos economistas é cautela: antes de recorrer ao empréstimo, é essencial avaliar se ele cabe no orçamento sem comprometer a qualidade de vida.
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