SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Como previsto pelos institutos de meteorologia, a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), corredor de umidade que vem da amazônia, perde força nos próximos dias, informa o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo.

Com isso, a tendência a partir desta quarta-feira (5) é de precipitações mais localizadas e típicas de verão, com o aumento gradual do calor, principalmente durante as tardes, quando ocorrem pancadas de chuva de moderada a forte intensidade.

Segundo a Climatempo, o período de chuva ainda não acabou na região metropolitana de São Paulo. O que muda nos próximos dias é a forma como vai chover. As precipitações generalizadas devem diminuir e o sol, aparecer forte por várias horas, fazendo a temperatura subirem rapidamente. A previsão é de que a cidade de São Paulo tenha calor entre 30°C e 32ºC até o próximo sábado (8).

É esse calor que provoca as pancadas isoladas entre a tarde e a noite, podendo atingir mais fortemente em vários locais da capital e da Grande São Paulo. No entanto, elas devem ser mais rápidas.

“Depois da chuva volumosa de janeiro, rios e córregos já estão cheios e os solos, encharcados. Então, está mais fácil ter algum transtorno por causa da chuva, mesmo sem tempestade. O risco de alagamentos e deslizamentos de terra ainda existe, mesmo com a diminuição da frequência e do volume de chuva diário”, diz Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mantém para quase todo o estado de São Paulo o alerta laranja, de perigo, para chuvas intensas de 50 a 100 mm por dia, com ventos entre 60 e 100 km/h, até a manhã desta quarta.

Devido a esse cenário de solo encharcado e possibilidade de mais chuvas, o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) considera como moderado o risco de enchentes nas regiões de São José dos Campos, São Paulo e Campinas.

Sobre deslizamentos de terra, o órgão federal aponta risco também moderado na região entre a Grande São Paulo e a Baixada Santista. Nesses locais, os deslizamentos podem ocorrer, principalmente, em encostas urbanas, além de quedas de barreira às margens de estradas e rodovias.

QUARAÍ (RS) PASSA DE -2,6°C NO INVERNO PARA 43,8°C NA ATUAL ONDA DE CALOR

Uma das cidades brasileiras onde o frio é mais intenso durante o inverno, a cidade de Quaraí, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai, teve nesta terça-feira a temperatura mais alta do país no ano: 43,8°C.

Essa temperatura é 46,4°C mais alta que a medida no dia 10 de julho do ano passado: -2,6°C. Ela também é a maior no Rio Grande do Sul desde o início das medições do Inmet, em 1910.

Assim como Quaraí, outros municípios gaúchos estão sofrendo com uma onda de calor que deve começar a diminuir nesta quinta (5), com o aumento da umidade no estado. Em São Gabriel e Santiago, os termômetros chegaram a 39,9°C; em Alegrete, 39,7°C; em São Vicente do Sul, 39,6°C; e em Uruguaiana, 39,5°C. Na capital Porto Alegre, a máxima desta terça foi de 37,6°C.