Da Redação
As políticas comerciais dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump podem trazer desafios para a economia goiana, especialmente no setor agropecuário. Com a possibilidade de aumento de tarifas sobre produtos brasileiros e eventuais sanções econômicas, o estado pode enfrentar dificuldades para manter seu superávit comercial e suas exportações.
Atualmente, Goiás registra um saldo positivo de US$ 6,6 bilhões na balança comercial, impulsionado pela venda de soja, milho, carnes e minérios. No entanto, uma restrição ao mercado norte-americano pode reduzir essa margem e afetar municípios cuja economia depende do agronegócio.
O consultor Kaumer Nascimento, especialista em comércio exterior, alerta que uma mudança na relação entre Estados Unidos e China também pode ter reflexos na economia goiana. Caso Washington aumente as tarifas sobre produtos chineses, a demanda global por commodities brasileiras pode oscilar, impactando o fluxo de exportações do estado.
Diante desse cenário incerto, especialistas sugerem que Goiás busque diversificar seus mercados, ampliando parcerias comerciais com países do BRICS e da União Europeia. A China, maior compradora de produtos agropecuários brasileiros, pode se tornar um destino ainda mais relevante para as exportações goianas caso haja mudanças nas políticas comerciais dos EUA.
Sem um plano de ação definido, tanto o governo estadual quanto o setor privado precisam avaliar estratégias para mitigar possíveis impactos e garantir a competitividade dos produtos goianos no cenário internacional.