SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Assim como na sexta-feira (31), quando um temporal atingiu várias regiões do estado de São Paulo a partir da noite, neste sábado (1º) o cenário foi parecido. Além de o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo colocar a cidade em estado de atenção para alagamentos, moradores de Santos receberam o alerta severo da Defesa Civil para tempestade por volta das 20h.
Na capital, primeiramente, a zona leste foi colocada na situação às 19h10, mas o aumento da intensidade da chuva nas outras regiões fez com que a prefeitura ampliasse o estado de atenção para toda a cidade às 19h36.
Nesse mesmo horário, a subprefeitura da Vila Prudente foi colocada em estado de alerta coma iminência de transbordamento do córrego Mooca, na altura da avenida Vila Ema.
Às 22h, o CGE anunciou o fim do estado de atenção em toda a cidade, devido à diminuição da precipitação.
O órgão municipal informou que o tempo abafado e úmido gerou áreas de instabilidade sobre a Grande São Paulo e os dados do radar meteorológico mostraram que os pontos mais intensos se concentravam na região da Mooca, Aricanduva e Sapopemba.
Às 20h30, o CGE informava que ainda havia 14 pontos de alagamentos intransitáveis na capital, todos eles na zona leste. São nove em São Miguel Paulista, três na Vila Prudente, um na Mooca e um em Guaianases.
O Corpo de Bombeiros informou que na avenida Luiz Inácio de Anhaia Mello, na Vila Prudente, na rua Francisco Fett, no Parque São Lucas, e em Ribeirão Pires a enxurrada levou vários carros. Não há informações de vítimas.
Também chovia forte nos municípios do ABC, Ribeirão Pires, Sorocaba e Campinas, assim como na Baixada Santista. A previsão da Defesa Civil estadual é que a precipitação continue pelo menos até o início da madrugada nesses locais.
“Após esse período, as chuvas perdem um pouco de força, passando a ter fraca a moderada intensidade. Nas áreas mais próximas à Baixada Santista e ao Litoral Norte ainda pode haver alguns períodos de chuva grossa até o começo da madrugada do domingo (2)”, diz a Defesa Civil, em nota.
No nordeste e norte do estado também chove durante a noite/madrugada, mas o risco de chuva forte é menor. Os acumulados ainda podem ficar um pouco elevados na faixa leste paulista e regionais de Sorocaba e Campinas.
O Corpo de Bombeiros informou que da meia-noite até 18h22, a corporação recebeu 46 chamadas para quedas de árvores (Campo Limpo, Pirituba, Cachoeirinha, Vila Andrade, Sacomã, Mandaqui, Vila Sônia, Tucuruvi, Alto de Pinheiros, Morumbi, Piedade), 7 para desabamentos e 138 para enchentes. Ao todo, 16 pessoas foram atendidas pelos bombeiros na capital e na região metropolitana.
Às 20h30, a Enel informava que havia 27,7 mil imóveis sem energia elétrica em sua área de concessão de 24 municípios. Só na capital, eram 21,8 mil.
O fim de noite, segundo o CGE, segue com chuva de até moderada intensidade atuando na cidade de São Paulo, principalmente entre os bairros do Jabaquara e Vila Mariana, na zona sudeste. O radar meteorológico ainda indica chuva forte na região de Carapicuíba e Santana de Parnaíba. Segundo a equipe de meteorologia do CGE, nas próximas horas novas áreas de chuva podem se formar em outras regiões da cidade.
As famílias que foram afetadas pelas chuvas da madrugada deste sábado em Cajamar, Guarujá, Poá e na zona leste de São Paulo receberão 2.520 itens de ajuda humanitária do Fundo Social de São Paulo, por meio da Defesa Civil. Em Poá e em São Miguel Paulista, na capital, foram enviados mais de 300 itens adicionais.
Segundo a Defesa Civil estadual, para Guarujá foram encaminhadas 50 cestas básicas, 500 itens de limpeza, 400 itens de dormitório (colchões, cobertores, travesseiros, jogo de cama), 2 rolos de lona e 10 fitas de isolamento.
Quarenta pessoas foram retiradas preventivamente das suas residências e alojadas em casas de parentes e amigos durante o atendimento ainda na madrugada deste sábado. Um abrigo emergencial foi montado na Escola Municipal Sérgio Pereira para acolher as famílias. O sistema de sirenes de prevenção foi acionado na barreira do João Guarda.