SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Cooxupé, cooperativa líder brasileira em exportação de café, e que atua em regiões de Minas Gerais e de São Paulo, firmou uma joint venture com a Agrobom, empresa voltada para a compra e venda de soja e de milho, e que também tem presença em Minas Gerais.
O trabalho conjunto das duas empresas vai buscar um atendimento melhor para os produtores, segundo Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé.
Pelo menos 20% dos 20,5 mil cooperados já atuam no setor de soja e de milho, além do plantio do café.
A cooperativa vê, no entanto, possibilidades de não só ampliar a aquisição de soja e de milho, mas também a de industrialização desses produtos, o que já faz com o café.
Exportadora de café para mais de 50 países, a Cooxupé terá a possibilidade de abrir novos canais também para a venda externa de soja e de milho nesses destinos.
De início, a parceria serve também para o desenvolvimento de uma sinergia na utilização da capacidade atual de armazenagem, enquanto as empresas definem o programa de novos investimentos a serem realizados.
Com 92 anos no mercado, e 67 atuando no café, a Cooxupé quer levar o seu know how para a Agrobom e receber o da nova parceira nessa área de atuação.
A Agrobom, que está presente em 33 municípios, exportou 120 mil toneladas de soja e de milho no ano passado. Com a associação com a Cooxupé, que tem atuação em área bem maior, a empresa acredita que os negócios deverão crescer de 10% a 20% já neste ano.
A princípio, o presidente da Cooxupé entende que a join venture deve focar primeiro na exploração do potencial da região onde as empresas estão. Após estabelecer solidez nessas áreas, pode-se pensar em ampliação para outras, afirma Melo.
“Primeiro vamos buscar uma verticalização. Ela é bem-vista e temos isso como objetivo. Temos uma logística satisfatória e estamos perto dos grandes centros do país e do porto de Santos”, afirma o presidente.
Feita essa primeira lição de casa, ele não descarta a participação da cooperativa em outas áreas e em outros produtos, inclusive na de etanol.
Uma das vantagens da joint venture, segundo os executivos das empresas, é que o sistema é inovador por ser híbrido.
Composto por uma cooperativa e por uma empresa privada, a parceria abrange não só os cooperados, mas todo produtor que quiser participar desse projeto.