SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Netflix vai dobrar a aposta em conteúdo ao vivo em 2025. A gigante do streaming agendou para 12 de março a estreia do Todo Mundo Ao Vivo, um talk show comandado por John Mulaney que será transmitido em tempo real na plataforma semanalmente. A temporada inicial terá 12 episódios.
“Se tiver um décimo do público das séries coreanas, já vai ser o talk show mais bem sucedido do mundo”, disse o humorista americano durante o Next on Netflix, evento no qual a plataforma destacou alguns dos principais lançamentos de 2025.
Realizado nos Estados Unidos e acompanhado por jornalistas de vários países, o evento teve menções ao Brasil, um dos mercados internacionais mais relevantes para a empresa. Uma delas foi quando a chefe de conteúdo global da Netflix, Bela Bajaria, anunciou a realização do primeiro Tudum presencial fora do país.
“Eu estive na transmissão que fizemos há dois anos no Brasil e meus ouvidos estão doendo até agora”, brincou ela, que contou que o festival de conteúdos da Netflix vai ocorrer pela primeira vez em Los Angeles, neste ano.
Vale lembrar que o Tudum começou no Brasil e só depois ganhou versões globais –duas virtuais, em 2021 e 2022, e uma presencial, realizada em São Paulo em 2023. Nomes como Gal Gadot, Chris Hemsworth, Henry Cavill e Schwarzenegger foram alguns dos que estiveram capital paulista para divulgar suas produções.
Outra menção ao Brasil durante a apresentação dos destaques do ano foi um novo documentário sobre Anitta, descrita como uma estrela brasileira. A cantora já teve a vida acompanhada pelas lentes de duas séries documentais na plataforma: “Vai Anitta”, de 2018, e “Anitta: Made in Honório”, de 2020.
A nova produção vai se chamar “Larissa: O Outro Lado de Anitta”. Desta vez, a equipe acompanhou a funkeira por três anos em diversos países e registrou sua jornada rumo à fama internacional e o custo mental e físico que isso teve para a cantora.
O Next on Netflix destacou ainda produtos como o filme “Frankenstein”, de Guillermo del Toro, e “Rip”, com Ben Affleck e Matt Damon retomando a parceria em frente às câmeras. Entre as séries, “The Four Seasons”, com Tina Fey, Steve Carrell e Colman Domingo, entre outros, “Death by Lightning”, dos criadores de “Game of Thrones”, são algumas das mais aguardadas.
A empresa também se despede de algumas de suas maiores franquias, caso de “Round 6”, cuja temporada final foi confirmada para estrear no dia 27 de junho, e “Stranger Things”, que também terá uma peça na Broadway a partir de março.
Os irmãos Duffer, criadores do seriado, contaram que seguirão a parceria com o serviço de streaming e que já estão trabalhando em outros possíveis derivados da trama. Além disso, eles estão envolvidos nas novas séries “The Boroughs”, uma série de mistério que se passará em um retiro de idosos, e “Something Very Bad Is Going To Happen”, que tem Camila Morrone e Adam DiMarco à frente do elenco.
MAIS BRASIL
Além da apresentação internacional, a Netflix Brasil detalhou algumas das próximas produções nacionais que vão ser incorporadas neste ano na plataforma. Entre elas, destaque para “Congonhas”, um documentário sobre a tragédia aérea ocorrida no aeroporto paulistano em 2007.
Também há expectativa na empresa para as séries documentais “Baila, Vini”, que acompanha a trajetória do jogador Vini Jr., e para a nova temporada do Casamento às Cegas Brasil, que vai ganhar uma edição apenas com participantes com mais de 50 anos.
Entre os filmes, as principais estreias serão “Caramelo”, com Rafael Vitti, “Filho de Mil Homens”, com Rodrigo Santoro, e “Família Pero No Mucho”, com Leandro Hassum. Também foi anunciado um filme derivado da série “Irmandade”, estrelado por Naruna Costa.
As principais apostas em termos de séries são a segunda temporada de “DNA do Crime”, que estreia ainda no primeiro semestre, o thriller aquático “Pssica”, gravado em Belém do Pará, e “Os Donos do Jogo”, que reunirá nomes como Juliana Paes, André Lamoglia, Xamã, Mel Maia e Giullia Buscacio em uma trama sobre o jogo do bicho.
Elisabetta Zenatti, VP de conteúdo da empresa no Brasil, destacou que, apesar do sucesso fora do país de séries como “Senna”, o foco é em agradar aos brasileiros. “Ser assistido fora do Brasil é um bônus, mas essa nunca foi a intenção”, comentou.