Da Redação

Fernanda Vieira dos Santos, uma nutricionista de 34 anos, enfrenta uma batalha contra a leucemia mieloide aguda (LMA) e precisa de um transplante de medula óssea para aumentar suas chances de cura. Moradora de Goiânia, ela descobriu a doença em 2024, após notar manchas roxas pelo corpo e receber um diagnóstico que mudou sua vida.

Desde então, Fernanda tem passado por intensas sessões de quimioterapia, mas o tratamento não foi suficiente para eliminar a doença completamente. Agora, a busca por um doador compatível se tornou sua maior esperança. O problema? A chance de encontrar alguém 100% compatível fora da família é de aproximadamente uma em 100 mil pessoas.

Diagnóstico e luta pela vida

A jornada de Fernanda começou com sintomas aparentemente inofensivos, mas um exame de sangue revelou algo preocupante. Poucos dias depois, ela já estava internada, iniciando um tratamento agressivo com quimioterapia. Mesmo após semanas no hospital, a doença persistiu, exigindo novos ciclos e trazendo desafios extras, como uma infecção no cateter.

Segundo a hematologista Luciana Cristina Nahas, o transplante de medula óssea é a melhor alternativa para pacientes como Fernanda. “Esse procedimento aumenta significativamente as chances de recuperação, principalmente quando há alta compatibilidade entre doador e receptor.”

A difícil missão de encontrar um doador

Na busca por um transplante, a nutricionista encontrou três possíveis doadores dentro da família, mas todos com apenas 50% de compatibilidade. Agora, ela espera encontrar alguém mais compatível no Banco Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

O desafio é grande: mesmo com milhões de doadores cadastrados no Brasil e no mundo, a compatibilidade é rara. “Muitas pessoas não sabem, mas um único doador pode salvar mais de uma vida ao longo dos anos. Se mais gente se cadastrasse, as chances de salvar pacientes como a Fernanda aumentariam muito”, reforça Nahas.

Como ajudar? O cadastro é simples!

Qualquer pessoa entre 18 e 35 anos, com boa saúde, pode se tornar doadora de medula óssea. O processo de cadastro é rápido e feito em hemocentros, onde é retirada uma pequena amostra de sangue para análise genética. Se houver compatibilidade com algum paciente, o doador será contatado para exames mais detalhados e, se estiver apto, poderá realizar a doação.

O procedimento é seguro e pode ser feito de duas formas: por punção óssea ou por coleta das células-tronco diretamente do sangue. Ambas são indolores e não trazem riscos ao doador.

Leucemia mieloide aguda: um câncer agressivo

A LMA é um tipo de câncer que afeta a medula óssea e impede a produção normal de células sanguíneas. Os sintomas incluem fadiga extrema, infecções frequentes, sangramentos anormais e manchas roxas pelo corpo. O tratamento inicial envolve quimioterapia, mas, em muitos casos, o transplante de medula óssea se torna essencial para a cura.

Fernanda e tantos outros pacientes contam com a solidariedade de doadores voluntários. Se você quer fazer a diferença, procure o hemocentro mais próximo e cadastre-se. Sua atitude pode salvar vidas!