O cinema brasileiro está em alta com as indicações ao Oscar 2025, e o filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, é um dos grandes destaques. Concorrendo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e com Fernanda Torres indicada a Melhor Atriz, o longa já está movimentando debates sobre suas chances na premiação, que acontece em 2 de março, em Los Angeles.
Disputa acirrada para Fernanda Torres
Fernanda Torres enfrenta concorrência pesada na corrida pelo prêmio de Melhor Atriz, disputando com nomes como Cynthia Erivo, Demi Moore, Karla Sofía Gascón e Mikey Madison. Segundo Rodrigo Cássio Oliveira, professor de cinema da UFG, apesar da performance marcante de Fernanda, as chances dela vencer são reduzidas. “Acredito que o Oscar possa optar por homenagear Demi Moore, uma estrela americana que nunca levou a estatueta”, avaliou Rodrigo.
No entanto, outros especialistas, como o crítico Lisandro Nogueira, acreditam que tanto a atriz quanto o filme têm grandes chances. Para ele, a força de “Ainda Estou Aqui” está no apelo universal de sua história. “O cinema brasileiro geralmente aborda temas muito específicos. Este filme, ao tratar de algo que ressoa com milhões de pessoas, alcança um impacto maior e conquista o público global”, destacou.
Favoritismo em Melhor Filme Internacional
A indicação simultânea de “Ainda Estou Aqui” para Melhor Filme Internacional e Melhor Filme reforça seu status como um dos favoritos. Rodrigo aponta que a presença em ambas as categorias é um forte indicativo de sua relevância. “Estar entre os indicados ao prêmio principal já demonstra o prestígio que o filme alcançou. É um sinal claro de favoritismo na disputa por Melhor Filme Internacional”, afirmou.
Impacto para o cinema brasileiro
Além das chances de vitória, as indicações trazem uma nova luz ao cinema nacional, especialmente após um período de desafios econômicos e políticos. “Nos últimos anos, o cinema brasileiro perdeu muito espaço junto ao grande público. Essas indicações representam um resgate de respeito e reconhecimento, tanto nacional quanto internacional”, explicou Rodrigo.
Lisandro Nogueira complementa ao destacar o poder emocional do longa: “O tema universal do filme é o que o torna tão especial. Ele conecta pessoas de diferentes culturas, e isso é essencial para conquistar a audiência global e a Academia.”
Independente dos resultados, “Ainda Estou Aqui” já marca um momento histórico para o Brasil no Oscar, reacendendo o prestígio do cinema nacional e trazendo esperança para futuras produções.