SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador do estado da Flórida, Ron DeSantis, aderiu à ideia do novo presidente Donald Trump de renomear o Golfo do México como “Golfo da América”.
Em ordem executiva sobre condições climáticas emitida na segunda-feira (20), DeSantis menciona uma “área de baixa pressão se movendo através do Golfo da América”, nome não oficial para a região.
O documento alerta para a tempestade de inverno que atinge os Estados Unidos nesta semana. DeSantis acatou o desejo de Trump antes mesmo que o novo presidente assinasse uma ordem para rebatizar o local.
Ainda na segunda, dia de sua posse, Trump assinou uma ordem executiva em que aborda a nomenclatura do golfo. No texto, o presidente determina que o Conselho de Nomes Geográficos dos EUA forneça “orientação para garantir que todas as referências federais ao Golfo da América, incluindo mapas de agências, contratos e outros documentos e comunicações, reflitam sua renomeação”.
Na prática, a mudança não é simples, contudo. Tanto no âmbito estadual quanto no federal, existem diversas leis, tratados e documentos públicos que são ancorados no nome oficial de Golfo do México.
Alguns desses textos são, inclusive, responsáveis por determinar territórios e condados americanos. Uma mudança poderia, por exemplo, deixar as leis inadequadas e, por consequência, não condizentes com os limites praticados historicamente.
O Golfo do México também é citado em documentos que delimitam divisões de terras, projetos de praias e áreas de proteção ambiental. Além disso, existem menções ao golfo em textos de regulamentação de construções, desenvolvimento turístico, gestão de águas e outras alas administrativas.
Para que uma possível mudança de nome seja efetiva, os legisladores estaduais precisam aprovar projetos de lei de revisão para garantir que os textos anteriores a essa decisão sejam atualizados e adequados à nova nomenclatura.
Na ordem executiva assinada por Trump –que inicia formalmente este possível processo a nível federal–, o presidente afirma que “o golfo continuará desempenhando um papel fundamental na formação do futuro da América e da economia global”. “Em reconhecimento a esse recurso econômico florescente e sua importância crítica para a economia dos EUA e seu povo, estou determinando que ele seja oficialmente renomeado como Golfo da América”, diz.
A presidente do México já se declarou publicamente contra a ideia. Claudia Sheinbaum afirmou, após a posse do republicano, que “é sempre importante ter a cabeça fria” diante das medidas adotadas e prometidas por ele.