No discurso de posse nesta segunda-feira (20), Donald Trump assumiu seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos prometendo uma transformação profunda no país. Durante os 30 minutos de pronunciamento, ele destacou um plano agressivo contra a imigração ilegal, com reforço militar na fronteira com o México e políticas rigorosas de deportação. “Cada entrada irregular será barrada imediatamente. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e trataremos os cartéis como organizações terroristas”, declarou.
Trump também defendeu uma reinterpretação de uma legislação de 1708 para intensificar o combate a gangues e organizações criminosas em solo americano. Ele enfatizou seu papel como comandante-chefe, comprometido em proteger o país de “ameaças e invasões como nunca antes visto”.
Canal do Panamá como prioridade geopolítica
Outro tema central foi a retomada do Canal do Panamá. Trump chamou a cessão do canal de “erro histórico” e prometeu recuperar o controle da infraestrutura, citando injustiças comerciais, especialmente envolvendo a China. “Essa obra foi feita pelos americanos, ao custo de 38 mil vidas. O espírito desse presente foi violado. Vamos corrigir isso”, afirmou.
“Emergência energética” e revogação de políticas ambientais
Trump anunciou a declaração de emergência nacional de energia, visando ampliar a produção de petróleo e gás, reduzindo os custos para a indústria americana e reforçando as reservas estratégicas. O presidente também anunciou o fim de incentivos a veículos elétricos, reafirmando seu compromisso com montadoras de carros movidos a combustão.
“Seremos novamente uma potência industrial e energética. Exportaremos nossa energia, reduziremos custos e retomaremos o ouro negro como símbolo de prosperidade”, disse ele, ao criticar políticas ambientalistas que, segundo ele, colocavam o setor em desvantagem.
Reformas no comércio e combate ao “establishment corrupto”
Trump reiterou sua intenção de proteger a economia americana com tarifas sobre produtos estrangeiros e afirmou que reformará o comércio para priorizar trabalhadores locais. “A partir de agora, colocaremos a América em primeiro lugar. Nossa era de ouro começa hoje, e ninguém mais tirará vantagem de nós”, declarou.
Ele também criticou o “establishment corrupto” e as políticas do governo anterior, mencionando falhas no sistema de saúde, educação e resposta a desastres, como o incêndio recente em Los Angeles. “Nosso sistema fez nossos jovens odiarem seu próprio país. Isso muda hoje.”
Promessa de uma América poderosa e respeitada
Trump finalizou o discurso destacando a construção de uma força militar sem precedentes e a restauração da imagem dos EUA no cenário global. “Seremos invejados e respeitados. Vamos liderar com coragem, mérito e vitalidade”, afirmou.
Reafirmando sua defesa da liberdade de expressão, ele disse que sua vida foi poupada, em referência ao atentado sofrido durante a campanha, para “tornar a América grande novamente”.