Em meio ao aumento dos casos de dengue característico do período chuvoso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reuniu virtualmente representantes dos 246 municípios do estado na manhã desta sexta-feira (17). A pauta girou em torno da intensificação de medidas preventivas e educativas para conter a proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença.
Caiado destacou a urgência de ações coordenadas entre as prefeituras e o estado para prevenir mortes evitáveis. “É inaceitável que vidas sejam perdidas por uma doença com manejo conhecido e tratamento acessível. Todos os protocolos já foram repassados pela Secretaria de Saúde, e agora é hora de executar e conscientizar a população”, afirmou o governador.
Cenário epidemiológico
Nos primeiros 15 dias de janeiro, Goiás registrou 906 casos confirmados de dengue, marcando uma redução em comparação aos 1.400 casos no mesmo período de 2024. Apesar da queda, o ano passado deixou um alerta grave com mais de 300 óbitos registrados no estado.
Estratégias discutidas
Durante o encontro, foram detalhadas ações prioritárias, como o reforço das equipes de controle de endemias, manejo ambiental, vacinação e conscientização pública. Caiado também ressaltou a importância da adesão à vacinação contra a dengue. “Vacinas são o maior trunfo da ciência. Elas salvam vidas e garantem qualidade de vida. Por isso, pedimos à população que respeite o calendário vacinal e busque a imunização,” declarou.
Vacinação em andamento
A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, informou que o estado recebeu recentemente 140 mil doses da vacina contra a dengue, já distribuídas aos municípios. “Crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos devem ser levados aos postos de saúde para receber as doses. O esquema completo, com duas doses em um intervalo de 90 dias, é essencial para proteção,” orientou Flúvia.
Risco elevado em 2025
O secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, alertou sobre o retorno do sorotipo 3 da dengue, identificado em Goiás após 17 anos de ausência. Esse sorotipo, registrado em cidades como Anápolis, Goianira e Rio Verde, aumenta o risco de surtos mais graves, já que muitas pessoas não têm imunidade contra ele. Para mitigar os impactos, medidas preventivas como aplicação de inseticidas e larvicidas já estão em curso.
Prevenção é a chave
A população é incentivada a colaborar, eliminando focos de água parada e aderindo às campanhas educativas. “O combate à dengue começa em casa e com atitudes simples, mas poderosas. Apenas com a união de esforços entre governo, prefeituras e a sociedade, será possível enfrentar esse desafio,” concluiu Caiado.