SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de deixar a capital paulista em estado de atenção para alagamentos das 17h04 às 19h07 desta quinta-feira (16), o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo voltou a atualizar seus dados meteorológicos e colocou novamente a cidade em alerta às 20h05.

Segundo o órgão municipal, existe a probabilidade de novas pancadas de chuva em todas as regiões da cidade, além de municípios vizinhos.

A chuva de forte intensidade chegou do interior no fim da tarde. Imagens do radar meteorológico do CGE mostraram quando a chuva atingia fortemente a zona norte, principalmente, nas subprefeituras de Casa Verde, Freguesia do Ó e Santana.

Essas instabilidades, destaca o CGE, podem atuar em outras regiões da cidade, principalmente nas zonas oeste e sul e têm potencial para alagamentos, rajadas de vento e transbordamentos.

A previsão dos institutos meteorológicos indicava a possibilidade de precipitação desde o início da tarde, mas ela chegou um pouco mais tarde. Essa previsão é devido à circulação dos ventos nas camadas médias e altas da atmosfera, o que favorece a formação de instabilidades e, com isso, as precipitações.

O CGE informou que a temperatura máxima chegou aos 28,7°C na capital paulista nesta quinta, e os menores percentuais de umidade do ar permaneceram ao redor dos 52%.

“Desde às 13h30, áreas de instabilidade se formaram sobre as cidades de Itapevi, Araçariguama e Cajamar e se deslocaram no sentido norte/sul, tangenciando o costado oeste da região metropolitana de São Paulo. As precipitações ganharam força e se propagam em direção ao litoral sul, com intensidade moderada a forte”, informou o CGE em seu site.

O órgão municipal diz que janeiro acumulou até a tarde desta quinta 40,6 mm de chuva, o que equivale a 15,8% dos 257,3 mm esperados para o mês.

A previsão é que a chuva continue noite adentro e a sexta-feira (17) também seja chuvosa na capital, principalmente, entre a tarde e a noite.

Às 19h30, havia sete pontos de alagamentos intransitáveis na capital: na rua Antonio Munhoz Bonilha, na Freguesia do Ó; no elevado João Goulart, próximo da avenida Pacaembu; na avenida Guarapiranga, em M’Boi Mirim; e quatro em Santo Amaro. Duas delas na avenida que dá nome ao bairro, um terceiro na avenida das Nações Unidas e o último na avenida Vitor Manzini.

Às 17h, antes de a chuva chegar à cidade, a Enel informava que havia 34.899 imóveis sem energia na sua área de concessão, que conta com 24 municípios. Só na capital, eram 19.510 clientes às escuras. E continuou subindo. Às 20h, o número já havia subido para 62.806 e 48.302, respectivamente.

Às 18h30, o Corpo de Bombeiros informou ter recebido 15 chamados para quedas de árvores e dois para enchentes.

Os aeroportos seguiram suas rotinas e não precisaram ser fechados, mas, por decisão operacional das companhias aéreas, houve três voos de Congonhas alternados para outros aeroportos e duas decolagens canceladas.