SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Romero afirmou que o companheiro de Corinthians Rodrigo Garro está “cada vez melhor” após o acidente na Argentina que culminou na morte de um motociclista. O meia alvinegro foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intensão de matar.

“Ele está cada vez melhor. É claro que o momento que ele está passando não é bom. O grupo está apoiando, todo mundo falando com ele. Eu sou mais próximo, claro que trato de ajudar no dia a dia, mas com o tempo ele vai melhorando”, disse o jogador.

“Agora ele [Garro] está com uma pequena lesão no joelho. Temos que ressaltar que no ano passado ele jogou praticamente seis meses machucado. Não podia jogar, mas jogava porque queria ajudar. nesta quarta-feira (15), repercute essa lesão.”

O meio-campista argentino trata uma tendinopatia patelar no joelho direito desde dezembro de 2024. Ele convive com um desconforto no local desde abril.

O ACIDENTE NA ARGENTINA

Rodrigo Garro dirigia seu carro quando bateu com uma moto. O meio-campista argentino estava acompanhado do também jogador Facundo Castelli, do Emelec-EQU, velho amigo dos tempos de Instituto de Córdoba, na madrugada do dia 4 de janeiro.

O motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após a batida. Garro e Facundo Castelli não tiveram ferimentos causados pelo acidente.

O jogador do Corinthians ficou algumas horas detido, prestou depoimento, mas foi liberado. O episódio foi relatado, em um primeiro momento, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Garro ficou muito abalado com o acontecido. O meio-campista, que completou 27 anos justamente no dia do acidente, ficou com a família após a liberação.

Teste de alcoolemia indicou presença de álcool no sangue de Garro. Segundo as autoridades argentinas, o meio-campista apresentava cerca de 0,5 grama no organismo — a tolerância é zero na Argentina.

Procurador-geral da província de La Pampa, onde aconteceu o acidente, explicou a liberação de Garro. À CNN Brasil, Armando Agüero afirmou que o meia foi solto por não apresentar intenção de fugir, ser morador do local e manter contato com as autoridades.

Corinthians manteve contato com o entorno de Garro. O clube informou que tem acompanhado o caso e que Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinícius Cascone, diretor jurídico, têm falado com os advogados do atleta e familiares.

Garro foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), segundo a imprensa argentina. A audiência foi realizada no dia 5 de janeiro, em La Pampa, na Argentina, e o meio-campista prestou novo depoimento.

De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa (ARG) Armando Aguero, o agravante só aconteceria caso o teor alcoólico ultrapassasse um grama por litro de sangue. A declaração foi em entrevista ao portal argentino En Boca de Todos HD.

O Ministério Público argentino não impôs qualquer restrição para o atleta deixar a Argentina por não haver “perigos processuais”. Ele, porém, teve a carteira de habilitação suspensa.

O advogado de Garro afirmou que um documento assinado pelo Corinthians contribuiu para que o jogador não fosse impedido de deixar a Argentina. David Diván informou que o clube se comprometeu a facilitar o traslado de Garro caso o meia seja convocado para depor novamente no Tribunal de General Pico.

O jogador aguarda a data do julgamento, ainda não divulgada pelo Ministério Público. Enquanto isso, Garro está liberado para seguir suas atividades no futebol brasileiro.

Caso seja condenado, Garro pode ter pena de dois a cinco anos de prisão. Ele também pode ser proibido de dirigir por cinco a dez anos.

O promotor Francisco Cuenca confirmou que a vítima testou positiva para cocaína, maconha e álcool em exames toxicológicos. Nicholas também tinha a carteira de habilitação suspensa desde setembro de 2022.