BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O regime da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10), dia de posse do ditadora Nicolás Maduro após eleições apontadas como fraudulentas.

Ao menos três residentes de Pacaraima, cidade do estado de Roraima que faz fronteira com a venezuelana Santa Elena de Uairén e possui posto aduaneiro, relatam o fechamento da passagem.

A fronteira também foi fechada durante as eleições do ano passado e em outras ocasiões de crise política, como em 2019, data da última posse de Maduro. O fechamento diário da fronteira, pela noite, e reabertura de manhã, é rotineiro.

Moradores de Pacaraima afirmam também que a fronteira foi fechada na manhã desta sexta, e ainda não têm notícia sobre eventual reabertura. Até a publicação deste texto, o ministério das Relações Exteriores e não respondeu à reportagem sobre o fechamento da passagem.

O regime da Venezuela fechou nesta sexta também sua fronteira com a Colômbia, horas antes da cerimônia de posse de Maduro para o seu terceiro mandato.

Freddy Bernal, governador do estado venezuelano de Táchira —com o qual o território colombiano faz divisa—, afirmou que a medida se devia a uma “conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos”. Ele acrescentou que ela valeria até as 5h do horário local (6h em Brasília) de segunda-feira (13).

No poder desde 2013, Maduro foi empossado no Palácio Federal Legislativo, em Caracas, para mais seis anos no poder, até 2031. A cerimônia foi liderada pelo presidente do Parlamento unicameral, o aliado de primeira hora do regime Jorge Rodríguez, que saudou um a um, e com pompa, os principais líderes do chavismo.

“Para os traidores da pátria, digo-lhes: nós somos os redatores dessa Constituição; ela nasceu apesar de vocês, oligarcas, e cumpriremos a Constituição”, disse Maduro em seu discurso, sob aplausos. Depois, voltou a dizer que dará início a uma reforma constitucional.