MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de dengue tipo 3 no estado em 2025. Esse sorotipo pode levar a um quadro mais grave caso o paciente já tenha contraído a doença anteriormente ou pertença a grupos de risco.

A notificação partiu do município do Rio de Janeiro, e a confirmação foi feita pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels). A paciente é uma mulher de 60 anos, e o caso segue sob investigação pela Secretaria Municipal de Saúde.

Este primeiro caso do ano surge após o registro de dois casos isolados do sorotipo 3 no ano passado, nas cidades de Paraty e Maricá.

A circulação predominante do tipo 3 não ocorre no Rio de Janeiro desde 2007. Os sorotipos 1 e 2 foram os predominantes no estado e também no país em 2023 e 2024.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Quando um indivíduo é infectado por um deles adquire imunidade contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais. Existe o perigo da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente, por outro sorotipo. É o que pode acontecer com a infecção pelo tipo 3.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destaca a importância de manter o estado de alerta diante da notificação.

“O fato de surgir neste ano mais um caso do sorotipo 3 é um ponto de atenção para redobrarmos os cuidados. Como o tipo 3 não circula no estado há muito tempo, existe uma boa parcela da população mais suscetível à doença. A secretaria vai manter o monitoramento dos casos e definir ações específicas caso identifique a circulação no estado”, afirmou Mello.

Os sintomas da dengue tipo 3 são semelhantes aos dos tipos 1, 2 e 4, incluindo febre alta (acima de 38°C), dores no corpo e articulações, náuseas e vômitos, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.

Em 2024, o estado do Rio registrou uma epidemia de dengue, com mais de 300 mil casos notificados.

Somente na cidade do Rio de Janeiro foram registrados 111,1 mil casos. Na sequência estavam Volta Redonda, com 22,7 mil registros, e Campos dos Goytacazes, com 19,5 mil casos.