SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Procon notificou, nesta quinta (9), a Enel pela interrupção prolongada dos serviços da região Metropolitana de São Paulo que ocorreu na última terça-feira (7). Mais de 650 mil imóveis ficaram sem o fornecimento de energia elétrica, especialmente na cidade de São Caetano.

O órgão pede o detalhamento das providências adotadas pela concessionária para a retomada do serviço. Caso a resposta seja insatisfatória, pode haver multa para a empresa, o que seria a quarta vez desde novembro de 2023.

A Enel tem sete dias para enviar as respostas. Em nota, a concessionária diz que aprimorou seu plano de contingência para reduzir os impactos aos clientes em caso de contingências climáticas.

O plano de ação da companhia inclui o reforço das equipes em campo, conforme a previsão meteorológica, a contratação de mais eletricistas próprios, o aumento da disponibilidade da frota de geradores e a ampliação da capacidade nos canais de atendimento.

“Em função dessas medidas já implementadas, após as chuvas na última terça-feira, com rajadas de vento acima de 80 km/h e queda de granizo, conseguimos restabelecer a energia para a maioria dos clientes afetados em até 30 minutos após o início da tempestade. Os demais clientes tiverem o serviço normalizado ao longo da quarta-feira (8), quando as equipes concluíram os trabalhos complexos de reconstrução da rede”, segue o texto.

Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo do Procon-SP, diz que há mais de um ano a empresa alega que os problemas são causados por eventos climáticos severos, com ventos acima do esperado. Ainda segundo ele, há mais de um ano não se tem notícia de que alguma providência efetiva, seja de engenharia ou de operações, tenha sido tomada para, no mínimo, agilizar a retomada dos serviços.

“Além disso, continuar alegando que os ventos têm sido acima do que era normal, não pode mais ser uma resposta aceitável, pois deixou de ser um elemento surpresa para se tornar recorrente”, diz Orsatti Filho.