O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou interesse em comparecer à cerimônia de posse de Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro, em Washington. Para isso, Bolsonaro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a devolução de seu passaporte, atualmente retido por decisão judicial.

Convite e anúncio público

Bolsonaro confirmou o convite feito por Donald Trump em uma publicação na plataforma X (antigo Twitter). “Estou muito honrado em receber o convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para a sua posse e de seu vice-presidente, JD Vance. Agradeço ao meu filho, Eduardo Bolsonaro, pelo trabalho nas relações com a família Trump”, escreveu o ex-presidente.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também usou as redes sociais para informar que o pedido formal foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso. “O advogado de Bolsonaro já entrou com uma petição para que ele possa viajar acompanhado da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro”, declarou.

Restrições e contexto jurídico

Atualmente, Bolsonaro enfrenta restrições impostas pelo STF, incluindo a proibição de manter contato com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, em razão de investigações relacionadas a supostas tentativas de golpe em 2022. Em caráter de exceção, o ministro Alexandre de Moraes permitiu recentemente que Bolsonaro participasse do velório e da Missa de Sétimo Dia da mãe de Valdemar.

O advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, argumenta que a viagem aos EUA seria justificada pela relevância do convite, reforçando a ligação de Bolsonaro com Trump, com quem mantém proximidade política e pessoal.

A cerimônia e o simbolismo político

A posse de Donald Trump marca o início de seu novo mandato e consolida a relação com aliados internacionais. Para Bolsonaro, o evento representa uma oportunidade de reforçar seus laços com o líder norte-americano e reafirmar sua posição no cenário político global. A decisão do STF sobre a devolução do passaporte ainda não foi divulgada.