SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ausência de Fernanda Torres entre os indicados ao SAG Awards, premiação anual do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos, tem sido interpretada por críticos e jornalistas especializados como um indício de que uma indicação ao Oscar pode ser mais difícil do que o esperado.

Isso porque o SAG é considerado um dos principais termômetros do Oscar, já que ambas as premiações compartilham a maioria dos votantes na área de atuação.

Um exemplo marcante aconteceu há cinco anos, com outro filme de língua não inglesa, assim como “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, que Torres protagoniza. Foi quando o sul-coreano “Parasita”, vencedor do Oscar de melhor filme, também recebeu o prêmio de melhor elenco no SAG.

Mas há exceções. A atriz alemã Sandra Huller, por exemplo, não foi indicada ao SAG, mas concorreu ao Oscar de melhor atriz por “Anatomia de uma Queda” no ano passado. Situação semelhante aconteceu com a espanhola Penélope Cruz em 2021, indicada ao Oscar por “Mães Paralelas” mesmo sem figurar no SAG.

A vitória de Torres no Globo de Ouro é outro elemento que pode influenciar o cenário, já que os votos para o SAG Awards foram registrados antes da premiação no último domingo, enquanto a votação do Oscar ainda está em aberto -começou nesta quarta-feira e termina no domingo, cinco dias antes de os indicados serem anunciados.