SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O FBI, a polícia federal americana, disse nesta quinta-feira (2) que a explosão em Las Vegas que matou uma pessoa e feriu outras sete na terça (1º) não tem ligação com o ataque terrorista em Nova Orleans que matou 15 pessoas e feriu 35 no mesmo dia.

Em uma entrevista coletiva, o vice-diretor assistente Christopher Raia deu mais detalhes sobre o atentado, cometido por um cidadão americano nascido no Texas e ex-membro do Exército dos EUA. Raia disse que o FBI alterou sua avaliação do caso e agora acredita que o homem agiu sozinho.

O diretor afirmou ainda que o autor do atentado se inspirou no Estado Islâmico, o grupo terrorista ativo no Oriente Médio, para acelerar uma caminhonete contra uma multidão na Bourbon Street, uma das ruas turísticas mais conhecidas de Nova Orleans.

Segundo o FBI, o homem dirigiu de Houston, no Texas, até Nova Orleans na segunda (31). Na madrugada do dia 1º, ele postou uma série de vídeos no Facebook dizendo apoiar o Estado Islâmico e dando detalhes de seus planos, dizendo que esperava que a imprensa focasse na “guerra entre fiéis e infiéis” após o ataque terrorista.

“Foi um ato de terrorismo premeditado e maligno”, disse Raia. Entre as vítimas do atentando está uma mulher que tinha um filho de quatro anos de idade, um turista de Nova York, um atleta estudantil visitando os pais e uma mulher de 18 anos de idade que estudava para se tornar enfermeira.

As autoridades também informaram nesta terça que o homem que morreu na explosão de um Cybertruck da Tesla em frente ao Trump International Hotel em Las Vegas, nos Estados Unidos, foi identificado como um cidadão americano de 37 anos que era soldado da ativa do Exército do país.

Morador do Colorado, estado vizinho, o homem morreu depois que fogos de artifício e botijões de gás na mala do carro explodiram, ferindo outras sete pessoas. O veículo estava estacionado em frente ao Trump International, parte da cadeia de hotéis de luxo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.

A polícia investigava se a explosão havia sido resultado de um ataque terrorista —como cogitou Elon Musk, dono da Tesla e agora membro do alto escalão do novo governo— e se teve conexão com o atentado em Nova Orleans no mesmo dia.

As semelhanças entre os casos chamavam atenção: os dois homens eram membros do Exército dos EUA, alugaram carros por meio do mesmo aplicativo e, segundo uma emissora local, serviram na mesma base militar.