A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (27/12) que a tarifa de energia no Brasil estará sob bandeira verde no mês de janeiro de 2025. Isso significa que os consumidores não terão custos adicionais na conta de luz, resultado de condições favoráveis para a geração de energia no País.
O anúncio ocorre após um período crítico enfrentado no segundo semestre de 2024, quando a seca severa levou à adoção da bandeira vermelha no patamar 1, em setembro, marcando o primeiro uso dessa tarifa em mais de três anos. A mudança foi impulsionada pelo aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e pelos impactos do risco hidrológico (GSF).
Atualmente, o PLD atingiu seu valor regulatório mínimo, de R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh), em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN). Além disso, relatórios recentes indicam uma queda contínua nos preços de referência da energia elétrica, refletindo melhores condições climáticas e redução na demanda por acionamento de usinas mais caras.
Sistema tarifário e perspectivas climáticas
O sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, foi criado para repassar ao consumidor os custos adicionais de geração em momentos de maior pressão no setor elétrico. Em 2024, o país registrou 61 ativações de bandeiras tarifárias nas categorias amarela, vermelha ou “escassez hídrica”, sendo este último o mais oneroso.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o retorno à bandeira verde reflete uma combinação de fatores, como a melhora nas condições hídricas e a maior estabilidade no uso de fontes de energia mais econômicas. O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo Banco Central, também reforça expectativas positivas para o cenário climático e seus efeitos na geração de energia.
Com o início de 2025 livre de cobranças adicionais, os consumidores podem esperar alívio nas contas de energia, marcando uma retomada de estabilidade após os desafios do último ano.