SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Exército de Israel atacou a capital do Iêmen, Sanaa, e a província de Hodeidah nesta quinta-feira (26), deixando três mortos e 11 feridos, segundo informações da emissora de televisão Al-Masirah, o principal canal de notícias controlado pelo grupo rebelde houthi.
Os ataques atingiram, segundo comunicado do Exército israelense, alvos militares que estariam ligados à milícia iemenita, incluindo o aeroporto internacional de Sanaa, os portos de Hodeidah, Salif e Ras Kanatib, e as estações de energia de Hezyaz e Ras Kanatib.
Ainda segundo o Exército israelense, a ofensiva acontece em resposta aos ataques recentes dos houthis contra o país. “Estamos determinados a cortar este braço terrorista do eixo do Irã. Continuaremos até terminar o trabalho”, disse o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, após os ataques.
O porta-voz do grupo armado, Mohamed Abdulsalam, se manifestou afirmando que os ataques são uma “agressão israelense contra todo o povo iemenita”.
Apoiados pelo Irã e classificados como terroristas pelos Estados Unidos, os houthis têm lançado drones e mísseis em direção a Israel repetidamente, em ações descritas como atos de solidariedade com os palestinos na Faixa de Gaza.
No sábado (21), o Exército israelense não conseguiu interceptar um míssil iemenita que caiu na área de Jaffa, em Tel Aviv, e feriu 14 pessoas.
Segundo o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, o Conselho de Segurança da entidade abordará esses bombardeios em reunião na segunda-feira (30).
A milícia iemenita também ataca o mar Vermelho desde o fim de 2023, como protesto contra a invasão terrestre de Gaza por Israel, atingindo mais de cem embarcações ocidentais com mísseis e drones. A ofensiva houthi no local forçou um desvio temporário dos navios comerciais para o sul, em torno do cabo da Boa Esperança, na África do Sul, uma viagem mais longa e cara.