Caiado critica Lula e prevê recessão semelhante à da era Dilma

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (19/12) para criticar a condução da economia pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Caiado, as decisões econômicas da atual gestão têm agravado os problemas do país, com risco de levar o Brasil a uma recessão comparável à registrada no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT). Ele também acusou Lula de “terceirizar a culpa” e de deixar o país “à deriva”.

“O governo Lula 3 está prestes a mergulhar o Brasil em uma recessão tão grave quanto a causada pela gestão Dilma 2, que resultou na perda de quase 4 milhões de empregos formais. Nossa dívida pública já se assemelha à de países em guerra, e o dólar dispara além dos patamares observados durante a pandemia”, afirmou Caiado, que se posiciona como pré-candidato à Presidência da República em 2026.

As declarações de Caiado vêm após Lula criticar a política monetária em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. O presidente classificou as altas taxas de juros como o maior obstáculo para o crescimento econômico, afirmando que a Selic acima de 12% é injustificável diante da inflação controlada. “O problema deste país é a taxa de juros, não o governo federal. A irresponsabilidade está em quem insiste em aumentá-la”, afirmou Lula.

Na semana passada, o Banco Central elevou a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano e indicou novos aumentos que podem alcançar 14,25% em 2024. O presidente responsabilizou a política monetária por agravar os problemas fiscais do país.

Caiado, no entanto, rebateu, alegando que o governo tenta desviar a responsabilidade de suas escolhas fiscais. “O presidente Lula prefere culpar terceiros por uma crise gerada por sua própria negligência fiscal. Isso está deixando o Brasil sem rumo”, afirmou o governador. “A inflação continua corroendo o poder de compra dos brasileiros, atingindo especialmente os mais vulneráveis e a classe média. Não há como falar em progresso social enquanto a população não consegue melhorar suas condições de vida.”