O deputado federal Professor Alcides (PL) está sendo investigado por suspeita de envolvimento sexual com um adolescente de 13 anos. Segundo o relato da mãe do jovem à polícia, o parlamentar teria atraído o garoto com a promessa de que ele seria selecionado para integrar um time de futebol. O caso teria ocorrido em outubro de 2021, mas só veio à tona em dezembro de 2024, quando a mãe denunciou o suposto abuso e ameaças contra o filho.
A mãe relatou que o adolescente foi até a casa de Alcides para participar de uma seletiva esportiva, organizada no local devido ao envolvimento do deputado como dirigente e patrocinador de um clube goiano. Durante a visita, Alcides teria pedido que o garoto permanecesse em sua residência, enquanto os outros jovens se dirigiam ao campo. De acordo com o depoimento, o deputado teria tocado o menino de forma inapropriada e tentado levá-lo para um quarto, o que foi recusado pelo adolescente.
O jovem também relatou que, semanas depois, retornou à casa do parlamentar, ocasião em que teria ocorrido conjunção carnal. Em novembro de 2024, seguranças ligados a Alcides teriam roubado o celular do garoto e o ameaçado com uma arma de fogo, na tentativa de apagar possíveis provas de seu envolvimento com o deputado.
No âmbito da “Operação Peneira”, a polícia cumpriu mandados de prisão contra três suspeitos: um policial militar, um instrutor de tiros e um segurança particular. A defesa dos envolvidos nega as acusações, alegando falta de provas.
Em carta aberta, Professor Alcides refutou as denúncias, classificando-as como infundadas e motivadas por interesses políticos. Ele afirmou que sua orientação sexual está sendo usada como arma para atacá-lo. “Sou homossexual, não sou criminoso”, declarou, prometendo tomar medidas judiciais contra os que considera responsáveis por difamação.
A investigação prossegue enquanto o deputado nega qualquer envolvimento e reitera sua trajetória pública como educador e empresário.