Polícia cumpre cinco mandados de prisão

Nesta terça-feira (17/12), a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou uma operação para apurar um esquema de corrupção envolvendo o desvio de R$ 10 milhões na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia. A ação cumpre 17 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão. Os nomes dos alvos não foram divulgados, mas as investigações apontam para servidores do alto escalão.

Os recursos desviados teriam origem em uma fraude relacionada a um convênio firmado entre a SMS e uma prestadora de serviços. Para cumprir as ordens judiciais, cerca de 100 policiais civis foram mobilizados.

Em nota oficial, a Prefeitura de Goiânia declarou que “está colaborando com as investigações da Polícia Civil de Goiás no âmbito da operação Speedy Cash”. A administração reiterou seu compromisso com a transparência e a ética na gestão pública, assegurando que todos os documentos e informações requisitados estão sendo entregues às autoridades. Além disso, informou que “o interventor adotará as medidas administrativas necessárias conforme o andamento das apurações”. A SMS, até o momento, não se pronunciou sobre a operação.

Crise na Saúde Pública
A operação desta terça-feira é mais um desdobramento da grave crise enfrentada pela Saúde em Goiânia. No final de novembro, o então secretário da pasta, Wilson Pollara, foi preso por suspeita de envolvimento em esquemas de desvio de recursos públicos. Desde então, a secretaria passou por duas trocas de comando em menos de uma semana.

Durante esse período, a rede municipal de saúde enfrentou uma série de problemas: mortes de pacientes à espera de leitos de UTI, paralisação de atividades médicas e protestos por falta de pagamentos e insumos básicos, como seringas e luvas.

Para conter a crise, o governo estadual interveio na gestão municipal, e Márcio de Paula Leite foi nomeado interventor em 11 de dezembro. As investigações e ações para estabilizar o setor continuam em andamento.