SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um menino de 12 anos morreu na Cisjordânia, nesta quarta-feira (11), depois que um ônibus de Israel viajando em uma rodovia no território palestino ocupado foi atingido por tiros em um ataque de autoria ainda desconhecida.
A criança foi levada para o hospital Hadassah Ein Kerem, em Jerusalém, numa condição já crítica, de acordo com a unidade de saúde, e não respondeu às tentativas da equipe médica de reanimá-la. Outras pessoas tiveram ferimentos leves.
O veículo tinha como destino a cidade de Jerusalém e havia partido do grupo de assentamentos judaicos conhecido como Bloco Etzion, de acordo com o jornal Times of Israel. A maior parte da comunidade internacional considera os assentamentos como esses ilegais.
A prática de Israel de colocar cidadãos israelenses na Cisjordânia ocupada sob lei civil enquanto palestinos vivem sob lei militar é um dos argumentos de entidades como a Anistia Internacional para afirmar que Tel Aviv pratica apartheid na região.
Cerca de 700 mil colonos israelenses vivem em assentamentos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental -os habitantes palestinos da região somam cerca de 2,7 milhões.
Embora cerca de um terço desses lugares seja ocupado por sionistas religiosos, que afirmam que seu direito de viver na região venha dos textos bíblicos, outros tantos judeus seculares se mudaram para os assentamentos devido aos preços mais baixos em comparação com terrenos em Israel.
A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza só fez aumentar as tensões na região, e ataques se tornaram frequentes. Levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que, desde 7 de outubro de 2023, data do início do conflito, mais de 500 palestinos e 24 israelenses foram mortos na Cisjordânia ocupada.