A crise na saúde pública de Goiânia ganha novos contornos com a falta de medicamentos essenciais nas unidades de saúde. Além da carência de insumos, o déficit de profissionais tem comprometido ainda mais os atendimentos. Em resposta, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) enviou um ofício à Prefeitura exigindo ações urgentes para solucionar o problema.

Medidas emergenciais discutidas em reunião

Representantes da saúde municipal e estadual participaram de uma reunião convocada pelo MP-GO para tratar das demandas críticas. Entre as principais cobranças está a reposição de medicamentos em falta. O MP encaminhou um ofício ao prefeito Rogério Cruz, à secretária municipal de saúde, Cynara Mathias Costa, e ao procurador-geral José Carlos Ribeiro Issy, enfatizando que a assistência à saúde deve ser plena e célere, conforme preconiza o princípio da dignidade humana.

Crise na saúde da capital se agrava

Nos últimos meses, os problemas na saúde pública de Goiânia têm sido amplamente divulgados. A falta de medicamentos, insumos e médicos, associada à suspensão de serviços como o atendimento em maternidades e a operação do SAMU, reflete a gravidade da situação. Casos de desassistência em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) resultaram em pelo menos cinco mortes, segundo apurações recentes.

O cenário se intensificou com uma operação do MP-GO no final de novembro, que culminou na prisão do então secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, acusado de irregularidades administrativas e associação criminosa. Junto com ele, foram detidos o secretário executivo Quesede Ayres Henrique Campo e o diretor financeiro Bruno Vianna Primo.

Nota da Prefeitura sobre compras emergenciais

A Prefeitura de Goiânia emitiu uma nota oficial informando que estão sendo realizadas duas compras emergenciais de medicamentos e insumos, em conformidade com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

  • A primeira, de caráter verbal, tem validade de 30 dias e visa suprir itens injetáveis para as unidades de urgência e emergência, com entrega prevista para esta semana.
  • A segunda, regular, terá validade de 90 dias e abrange todos os itens em falta, com um prazo estimado de 30 dias para conclusão do processo.

A administração municipal reforçou o compromisso de minimizar os impactos da crise e normalizar o abastecimento nas unidades de saúde.