O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) apresentou pedidos de inelegibilidade para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e a cassação da chapa de Sandro Mabel à Prefeitura de Goiânia, ambos do União Brasil. Eles são acusados de abuso de poder político devido ao uso do Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, em eventos de apoio à candidatura de Mabel.

De acordo com o parecer do MP, eventos realizados nos dias 7 e 9 de outubro envolveram convites a suplentes de vereadores e lideranças políticas e foram amplamente divulgados, o que teria impacto negativo na legitimidade e normalidade das eleições. As reuniões teriam “caráter político-eleitoral”, configurando abuso de poder político.

Defesa de Caiado e Mabel
Em nota, Caiado afirmou que a manifestação do MP Eleitoral ocorreu antes da devida instrução processual, sem a oitiva das testemunhas. Ele ressaltou que eventos eleitorais são realizados fora da sede do governo, respeitando a legislação vigente.

Mabel, por sua vez, declarou que os eventos faziam parte da agenda rotineira do governador, sem cunho eleitoral. Segundo ele, o objetivo era parabenizar vereadores eleitos e reeleitos, sem pedido de votos ou ações que favorecessem sua candidatura.

Audiência e Processo Judicial
Uma audiência está marcada para o dia 2 de dezembro, quando testemunhas serão ouvidas presencialmente e por videoconferência. O caso foi iniciado por uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) protocolada pela chapa adversária de Fred Rodrigues (PL), que acusa Mabel, sua vice Claudia da Silva Lira e Caiado de violação da Lei das Eleições.

Pedidos do MP Eleitoral
O MP concordou com os pedidos da AIJE, que incluem a inelegibilidade dos envolvidos, a perda de registros ou diplomas de candidatura, além do pagamento de multa. A investigação segue em andamento, com os acusados reafirmando sua inocência e comprometimento com a legalidade do processo eleitoral.