SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo identificou o segundo suspeito de integrar o grupo criminosos que participaram da morte do delator do PCC Antônio Vinícius Grtizbach, 38, no aeroporto de Guarulhos, no início do mês, cuja prisão temporária foi decretada pela Justiça.

O suspeito foi identificado como Matheus Augusto de Castro Mota que, segundo a polícia, é considerado foragido. A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada pela reportagem.

A reportagem apurou que o advogado do suspeito esteve com as equipes de investigações, quando tomou conhecimento da prisão temporária e, agora, deve apresentar o cliente para prestar esclarecimentos.

Equipes da Polícia Civil também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Mota, cujo conteúdo do material apreendido não foi divulgado.

Conforme policiais ouvidos pela reportagem, Mota seria ligado ao suposto olheiro crime, Kauê do Amaral Coelho, 29, suspeito de ter indicado aos executores quem era o empresário. Ele também é considerado foragido e, conforme suspeita a polícia, pode estar escondido no Rio de Janeiro.

A participação de Mota ainda é não totalmente certa no crime, conforme policiais, mas ele esteve nas redondezas do aeroporto no dia do crime e manteve contato com Coelho, conforme indicaram a quebra de sigilosos solicitados pela polícia.

A polícia chegou ao nome do novo suspeito após a quebra dos sigilos de Coelho e encontrou, entre outros indícios, repasses de dinheiro feitos por Mota. O último deles, no valor de R$ 5.000, teria ocorrido após o crime, o que reforça a suspeita de participação dele no assassinato.

Policiais ouvidos pela reportagem afirmam que o total de repasse possa superar os R$ 100 mil ao longo de meses, indicando uma ligação muito próxima entre eles.

Os investigadores afirmam estar convencidos de que poderão fazer uma ligação dessa dupla com os dois executores, que ainda não foram identificados. A força-tarefa conseguiu imagens do interior de ônibus usado pelos matadores para fugir e, também, todo o trajeto feito pelo grupo.

A polícia tem uma relação de suspeitos que se encaixam no perfil dos criminosos. A expectativa é a de que o secretário da Segurança, Guilherme Derrite, possa realizar divulgação pública de imagens dos suspeitos e pedir ajuda da população a denunciar o nome desses dois homens.

Os esforços da força-tarefa agora estarão concretados nos mandantes do crime, cujas identidades ainda são ignoradas para a polícia.

A participação no crime dos policiais militares que integravam a escolta do empresário morto ainda não foi descartada. Na manhã desta sexta, equipes da Corregedoria da PM cumpriram mandado de busca contra eles. Telefones e computadores foram apreendidos.

Um homem, que não era alvo dos mandados, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

“Eles estão tranquilos, pois não têm nada a temer, não têm qualquer participação no crime de homicídio e estão à disposição da Justiça para prestar qualquer esclarecimento”, diz Guilherme Flauzino, advogado de parte dos PMs.