O major Rodrigo Bezerra Azevedo, do Exército Brasileiro, foi preso em Goiás após deixar um grupo de mensagens no aplicativo Signal, onde se articulavam ações golpistas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A Polícia Federal informou que ele abandonou o grupo, frustrado por conta da não adesão das Forças Armadas ao golpe, que ele considerava fundamental.
No grupo “…Dossssss!!!”, Rodrigo usava o codinome “Zeza” e o Coronel Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro, era o administrador. Segundo as investigações, Cid esteve envolvido no planejamento de ações golpistas. No dia 30 de setembro de 2022, data em que Bolsonaro deixou o Brasil, Rodrigo postou a seguinte mensagem: “Rapaziada, esse grupo aqui para mim perdeu a finalidade… deixo aqui um abraço para FE de verdade, que fizeram o que podiam para honrar o próprio nome e as Forças Especiais… qualquer coisa, estou no privado!! Força!!”.
Em 15 de dezembro de 2022, o grupo esteve em Brasília para um evento denominado “Copa 2022”, com pelo menos seis participantes. A Polícia Federal classificou o evento como uma “ação militar planejada detalhadamente”, mas clandestina e antidemocrática. Para se comunicar, os membros do grupo usavam codinomes de países como “Alemanha”, “Argentina”, “Brasil”, “Áustria”, “Gana” e “Japão”.
Prisão dos envolvidos:
- Mario Fernandes, general de Brigada (da reserva), ex-assessor de Bolsonaro e integrante dos “kids pretos”;
- Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército e integrante dos “kids pretos”;
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército e integrante dos “kids pretos”;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército e integrante dos “kids pretos”;
- Wladimir Matos Soares, policial federal.