Durante edição especial do Conecta Prefeitos, realizada nesta segunda-feira (18/11), o governador Ronaldo Caiado destacou a necessidade de os gestores municipais se dedicarem intensamente à luta contra o Aedes Aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika.
Com a chegada do período chuvoso, que favorece a proliferação do vetor, é crucial que as administrações municipais — tanto aquelas que se encerram em dezembro, quanto as que começam em janeiro de 2025 — redobrem os esforços para combater os focos do mosquito.
No início deste ano, os municípios goianos do Entorno de Brasília enfrentaram uma grave crise de dengue, especialmente em Águas Lindas. Para evitar a repetição dessa situação alarmante, o governo está implementando uma série de medidas estratégicas.
Entre elas, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) retomou, em maio, a supervisão mensal das ações de controle de vetores em todos os 246 municípios goianos. Essa iniciativa inclui visitas domiciliares para identificar e eliminar criadouros do Aedes aegypti, uma atividade que foi suspensa durante a pandemia de Covid-19.
As equipes de endemias dos municípios foram mobilizadas para participar de capacitações presenciais sobre controle ambiental e químico de vetores. Além disso, a SES adquiriu peças de reposição para manutenção das bombas costais e UBV veiculares (fumacê), assegurando que os equipamentos estejam prontos para ações de bloqueio e controle químico nas áreas com aumento no número de casos.
Materiais também foram disponibilizados para implementar o Projeto de Armadilhas de Oviposição (ovitrampas) nos municípios.
Além disso, o governo estadual estabeleceu uma parceria com as prefeituras do Entorno para definir ações conjuntas no combate à dengue, em um evento promovido pelo Ministério da Saúde que reuniu equipes de controle de vetores e incluiu uma campanha publicitária.
O secretário de Estado da Saúde, Rasível Santos, também participou da solenidade e enfatizou a importância da colaboração mútua.
“O governo tem reforçado a necessidade da cooperação entre as esferas municipal e estadual para proteger a saúde da população goiana durante este período crítico. É com parceria e participação da sociedade que podemos vencer essa batalha contra o Aedes aegypti”, ressaltou.
Pior ano
O ano de 2024 foi considerado o pior ano para a dengue em Goiás, com 420.165 casos notificados, 308.607 casos confirmados e 408 óbitos pela doença até novembro.
Em 2023, foram 123.424 notificações, 70.865 casos confirmados e 58 mortes. Se comparado o mesmo período entre os dois anos, o aumento foi de 284% nas notificações e mais de 600% em relação aos óbitos.
Os números de 2024 ainda são considerados preliminares, já que 53 mortes possíveis de dengue ainda devem passar por análise do Comitê Estadual de Investigação de Óbitos Suspeito por Arboviroses.
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