BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) foi liberado para viagens aéreas após passar por novos exames de imagem neste domingo (10) no hospital Sírio-Libanês, em Brasília.

De acordo com o boletim médico, o chefe do Executivo “permanece sem sintomas, e o exame mostrou melhora em relação aos anteriores, devendo manter suas atividades habituais, com liberação para viagem aérea”.

O presidente seguirá sob acompanhamento da equipe médica, liderada pelos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio. Com a evolução positiva do quadro, a partir de agora, o presidente não precisa mais passar por avaliação de forma sistematizada. Não há previsão de novos exames.

Lula teve um acidente doméstico no dia 19 de outubro. Ele cortava as unhas do pé quando se desequilibrou e caiu de um banco. O presidente bateu a cabeça e precisou levar pontos na nuca, além de ter sofrido uma pequena hemorragia.

Desde então, passou por exames periódicos de ressonância magnética, que apontavam um quadro de estabilidade. Os pontos foram retirados no dia 28 de outubro.

Em entrevista à RedeTV! na última quarta (6), o mandatário comentou a queda, dizendo que tinha sofrido uma “batida muito forte” da cabeça e que ele achou que “tinha rachado o cérebro”.

“Quando eu fui guardar o estojo, ao invés de mexer com o banco, eu mexi só com o corpo. O dado concreto é o seguinte: que não teve mais espaço e aí a minha bunda não levitou. Então eu caí e bati com a cabeça. Foi uma batida muito forte, saiu muito sangue, eu achei que tinha rachado o cérebro, rachado o casco”, descreveu.

Até então, Lula estava autorizado a realizar apenas viagens de curta duração e tinha sido orientado por seus médicos a evitar voos prolongados. Logo após o acidente doméstico, o chefe do Executivo cancelou sua ida à Rússia para a cúpula dos Brics, tendo participado do evento por videoconferência.

Ele também deixou de participar da COP16 (Conferência das Nações Unidas sobre a Biodiversidade), na Colômbia, e cancelou a sua presença na COP29, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, no Azerbaijão, na qual será substituído pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O presidente também já tinha decidido cancelar a viagem que faria a Lima, no Peru, para a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) para se concentrar para a reunião do G20, bloco presidido atualmente pelo Brasil.

No final desta semana, o mandatário viajará ao Rio de Janeiro para a cúpula do G20, agendada para os dias 18 e 19. No sábado (16), está prevista sua participação na reunião de encerramento do G20 Social e no festival de cultura Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.