A Polícia Civil informou que o suspeito, Marcelo Junior Bastos Santos, confessou ter estrangulado a cuidadora de idosos Cintia Ribeiro Barbosa, utilizando uma fita crepe, geralmente usada para prender fraldas de pacientes, no crime. Ele admitiu o feminicídio e revelou detalhes sobre como matou a vítima, segundo o delegado Carlos Alfama. O crime ocorreu na última segunda-feira (4), na Cidade Jardim, em Goiânia, e o corpo de Cintia foi encontrado na terça-feira (5), próximo ao local onde ambos trabalhavam. Marcelo foi preso em flagrante no mesmo dia.

Segundo a polícia, Marcelo aplicou um golpe “mata-leão” em Cintia, que consiste em enlaçar o pescoço da vítima pelos braços até causar asfixia. Após o primeiro estrangulamento, ele acreditou que ela havia morrido, mas percebeu que ela ainda estava viva e tentou fugir. Marcelo então a imobilizou novamente com o mata-leão e usou a fita crepe para asfixiá-la até a morte. O corpo de Cintia foi encontrado com a fita em torno do pescoço e das mãos.

Inicialmente, o caso foi tratado como desaparecimento após o marido de Cintia comunicar que ela não retornou do trabalho. Marcelo, que trabalhava com ela no cuidado de um casal de idosos, afirmou que ela não apareceu naquele dia. No entanto, imagens de câmeras de segurança mostraram que Cintia havia entrado na casa, o que levantou suspeitas. Além disso, Marcelo solicitou uma pá a um vizinho, o que também chamou atenção. Ao investigar a residência, a polícia encontrou sinais de terra remexida no quintal e o corpo da cuidadora na casa vizinha, desocupada e disponível para locação.

Marcelo relatou que cometeu o crime após ser rejeitado quando tentou beijar Cintia, e a polícia investiga a possibilidade de tentativa de estupro antes do feminicídio. O laudo sobre o caso deve ser concluído em até dez dias.

Cintia, de 38 anos, era casada há apenas oito dias antes de sua morte e era querida pelo casal de idosos para quem trabalhava há cerca de seis anos. Ela deixou o marido e quatro filhos.