O delegado Carlos Afalma, responsável pela investigação da morte de Cintia Ribeiro Barbosa, uma cuidadora de idosos de 38 anos, acredita que o suspeito, também cuidador e colega de trabalho da vítima, tentou estuprá-la antes de cometer o homicídio. O crime ocorreu na casa onde ambos estavam trabalhando, no Setor Cidade Jardim, em Goiânia. Cintia foi asfixiada e, posteriormente, seu corpo foi jogado por cima do muro para uma residência vizinha, que estava desocupada.

Marcelo Junio Basto Santos, de 28 anos, principal suspeito do feminicídio, foi preso em flagrante no final da tarde de terça-feira (5/11) na casa de um amigo, no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia. Durante a abordagem, agentes da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) encontraram duas alianças de Cintia em sua carteira.

Segundo o delegado, Marcelo demonstrava tranquilidade e falta de arrependimento. Em um depoimento de 13 minutos, ele confessou o crime, relatando que tentou beijar Cintia, mas, ao ser rejeitado, ficou furioso e a asfixiou com um fio. Após perceber que havia matado a vítima, ele subiu em uma cadeira e jogou o corpo dela sobre o muro. O delegado ainda suspeita que houve tentativa de estupro, uma vez que a ex-esposa de Marcelo revelou ter sido agredida ao recusar relações sexuais com ele poucos dias antes.

Cintia, que completaria 39 anos no sábado seguinte, deixa quatro filhos e havia se casado recentemente, duas semanas antes do ocorrido.

Marcelo já possui histórico de crimes graves, incluindo tráfico de drogas, violência doméstica e furto. A Polícia Civil divulgou sua imagem e identidade na expectativa de que surgissem novas testemunhas ou possíveis outras vítimas, conforme permitido pela Lei nº 13.869/2019 e pela portaria nº 547/2021 da PC.