SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O músico Quincy Jones, morto neste domingo, responsável por produzir sucessos do pop, como o disco “Thriller” de Michael Jackson, também se envolveu em polêmicas com o cantor.
Há seis anos, por exemplo, em entrevista à Vulture, Jones acusou Jackson de roubar músicas.
“Eu odeio ter que falar sobre isso publicamente, mas o Michael roubou muitas músicas. ‘State of Independence’, [de Donna Summer], e ‘Billie Jean’, por exemplo. As notas não mentem, cara. Ele era tão maquiavélico quanto se pode ser”, disse ele ao veículo americano.
“Michael era ganancioso, cara. Em ‘Dont Stop Til You Get Enough’, por exemplo, Michael deveria ter dado 10% a Greg Phillinganes [tecladista e cantor], que escreveu uma parte. Mas não fez isso”, afirmou Jones.
O produtor disse ainda que ele e o rei do pop discutiam por causa das cirurgias plásticas que Michael fazia. Jones trabalhou em dois dos maiores álbuns do astro, “Off the Wall”, de 1979, e “Thriller”, de 1982.
Na mesma entrevista, Jones criticou também os Beatles, dizendo que a primeira impressão que teve deles foi a de que eram os “piores músicos do mundo”.
“Eles não sabiam tocar nada. Paul McCartney era o pior baixista que eu já tinha ouvido. E o Ringo Starr, então? Nem se fala”, disse.
Dias depois, Jones usou sua conta no X, antigo Twitter, para pedir desculpas pelos comentários, dizendo que tinha sido aconselhado por suas filhas.
“Sou imperfeito e não tenho medo de dizer isso”, escreveu ele. “Quando você tem sorte o suficiente de viver uma vida tão longa e louca (e parou de beber há três anos), detalhes de eventos específicos vêm à mente de uma vez só. Mas não há desculpa para eu ter ‘vomitado palavras’ dessa forma.”