Uma mulher, em uma entrevista, expressou sua dor ao relatar um abuso sexual durante uma consulta com o ginecologista Mateus Barbosa Leite, que foi indiciado por crimes sexuais em Catalão, Goiás. A delegada Yvve Rocha informou que o médico estava sob monitoramento de tornozeleira eletrônica e foi preso após violar uma medida protetiva solicitada por sua ex-companheira.

A vítima compartilhou que, durante o exame, o ginecologista comentou sobre o “ponto G”, algo que a deixou confusa e culpada. “Eu senti culpa, me senti burra, um pouco idiota”, desabafou. Após o ocorrido, ela procurou sua mãe e, juntas, foram à polícia.

Além das acusações de crimes sexuais, o médico também enfrenta um caso de violência doméstica. O advogado de defesa, Fausto Mesquita, afirmou que não houve violência doméstica, apenas um afastamento do lar, e aguarda a audiência de custódia para discutir o descumprimento da medida.

Ele também ressaltou que a denúncia é isolada e será investigada adequadamente. O Conselho Regional de Medicina de Goiás garantiu que todas as denúncias sobre a conduta de médicos são investigadas em sigilo.

A delegada explicou que o ginecologista cometeu posse sexual mediante fraude, conforme o Código Penal. O suspeito não pode manter contato com a ex-companheira, o que ele violou, segundo a delegada. Detalhes sobre a investigação ainda não foram divulgados.

Na nota de defesa, o advogado enfatizou a inocência do médico e pediu cautela ao público e à imprensa, afirmando que ele possui uma carreira respeitável de mais de duas décadas e que sua reputação será preservada após a investigação.