Antônio Luís Amorim Barbosa, de 35 anos, é descrito pelo Ministério Público como uma pessoa fria e violenta, com “prazer em matar”. Ele está preso preventivamente.

De acordo com a Polícia Militar de Goiás, Antônio é um andarilho perigoso, suspeito de ter assassinado dez pessoas nas cidades de Luziânia, Pirenópolis, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Veja mais detalhes sobre os crimes a seguir.

Ele foi detido no último sábado (26), em Luziânia, após uma operação policial para encontrá-lo. Antônio participou de uma audiência de custódia e permanecerá sob custódia.

A Defensoria Pública do Estado de Goiás informou que está garantindo a defesa de Antônio, uma vez que ele não pode arcar com os custos de um advogado. A instituição se pronunciará apenas nos registros do processo.

A prisão se deu devido a um mandado de detenção em aberto por um crime cometido em Anápolis em junho de 2015. A ordem foi emitida após um júri popular, que o condenou a 18 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, considerando-o como alguém “com baixo senso de justiça” e “indiferente à dor alheia, quase sociopata”.

Triplo homicídio em Senador Canedo

O tenente César Chicarolli, da Rotam, declarou que Antônio tem um histórico criminal extenso, incluindo suspeitas de seis homicídios, dois latrocínios e outros crimes como ameaça e lesão corporal. O homicídio mais recente ocorreu em Senador Canedo, em 22 de julho, quando ele foi acolhido em um abrigo e, aproveitando-se da confiança, atacou três homens com uma faca.

Após o crime, Antônio fugiu para Luziânia. Uma das vítimas foi levada ao hospital, mas também não sobreviveu. O outro suspeito, conhecido como “Maranhão”, que também residia na casa, não foi localizado. A Polícia Civil está conduzindo a investigação do triplo homicídio.

Homicídio em Luziânia

O Tribunal de Justiça de Goiás registra que Antônio responde por dois processos de homicídio, ambos de 2015. O primeiro caso ocorreu em abril, quando, após uma briga durante o carnaval, ele se vingou da vítima meses depois, causando-lhe múltiplas fraturas e morte.

‘Prazer em matar’

Em outubro de 2015, os promotores pediram a prisão preventiva de Antônio, ressaltando sua crueldade e outros crimes em Goiás. Ele confessou ter cometido um latrocínio em Pirenópolis e mencionado outro homicídio em Anápolis. Na época, os promotores alertaram para pelo menos cinco homicídios sob o mesmo padrão de comportamento.

Homicídio em Anápolis

Outra acusação contra Antônio é de um homicídio em Anápolis, em junho de 2015. Ele buscava vingança contra um homem com quem tinha desavenças. Após uma briga, Antônio, aproveitando-se da embriaguez da vítima, a atacou com um bloco de concreto e depois com facadas, garantindo sua morte.

Os documentos do Ministério Público também revelam que Antônio, nascido em 25 de novembro de 1988, em Balsas, Maranhão, usava documentos falsos para se apresentar como Marcos e trabalhava como pedreiro e vigia de carros.