Estudantes do ensino médio do entorno do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros que estão participando da Olimpíada de Humanidades foram recepcionados, nesta terça-feira (22/10), na Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO), dando início ao turismo educacional, que integra a programação da olimpíada.
O circuito de visitas ocorre, dos dias 22 e 25 de outubro, em Goiânia e na cidade de Goiás, em pontos culturais e universidades. O objetivo é promover a ampliação do repertório cultural, dos horizontes e perspectivas de futuro dos estudantes.
Olimpíada de Humanidades
A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, deu as boas-vindas aos estudantes no auditório da Seduc e contou que a Olimpíada de Humanidades foi o primeiro projeto que conheceu quando tomou posse, em 2019. Ela disse sentir orgulho dos projetos de iniciação científica em que os estudantes são protagonistas.
“Esses meninos e meninas estão conseguindo promover lá na sua região uma discussão, fazendo as primeiras pesquisas de suas vidas através de temas que são relevantes e que podem mudar a Educação”, disse Gavioli.
Esperançar da juventude
O tema da 7ª edição da Olimpíada de Humanidades é “Esperançar da Juventude: o tecer coletivo na Chapada dos Veadeiros”. Ele veio a partir das ideias do filósofo Paulo Freire, onde ele diz que esperança é um agir. Nesse sentido, no projeto a esperança para uma mudança de realidade é feita em coletividade.
A estudante Gabriela Rodrigues Santos Rosa, do Colégio Estadual Elias Jorge Cheim, localizado em Cavalcante, elaborou junto com os colegas a pesquisa “Resgate da Ancestralidade Feminina Kalunga”. Ela contou que a escolha do tema se deu pela população da região que, em sua maioria, é quilombola e que se sente realizada em poder conhecer novos lugares com o turismo educacional.
“A metade da população é quilombola da parte de Cavalcante, então a gente resolveu trazer esse projeto porque vamos preservar a nossa cultura e leva-la por onde a gente passar, o que é de suma importância para nós. Eu nunca tive a oportunidade de conhecer novos lugares e poder fazer isso com a escola é uma experiência única”, disse a estudante.
Desenvolvimento integral dos estudantes
De acordo com Christiane Ayumi Kuwae, coordenadora da Olimpíada de Humanidades, o grande diferencial do projeto está na contribuição para o desenvolvimento integral dos alunos, abrangendo aspectos pessoais, inter-relacionais, emocionais e socioambientais.
“Não se trata apenas de um projeto científico e artístico. Nós também trabalhamos a importância do Cerrado e a maneira como a cultura dos estudantes se conecta a ele. Promovemos a formação dos participantes, envolvendo, não apenas a individualidade, mas também a relação com a comunidade e o território”, explicou a coordenadora.
Sobre a Olimpíada
Realizada anualmente pela Seduc, por meio do Instituto de Pesquisa, Ensino e Extensão em Arte Educação e Sustentabilidade (Ipeartes) e Centro de Estudo e Pesquisa Ciranda da Arte, a Olimpíada de Humanidades é um projeto de incentivo à pesquisa no campo científico com desdobramentos artísticos-culturais, que envolve diversas etapas como a sensibilização dos alunos quanto ao tema gerador, elaboração de projetos e apresentação dos trabalhos para a comunidade local.
Gerente de Arte e Educação da Seduc, Luz Marina Alcântara, destaca a importância da Olimpíada de Humanidades. Segundo ela, a preservação ambiental e cultural da Chapada dos Veadeiros é um ponto em comum em todos os 10 projetos inscritos. A gerente também ressalta o envolvimento da comunidade escolar.
“A Olimpíada só acontece porque existe um forte desejo dos estudantes e professores de fazer algo por sua região, por sua escola e por seu município. Esse engajamento é fundamental”.
Participam da VII Olimpíada de Humanidades os alunos das cidades de:
Alto Paraíso de Goiás,
Cavalcante,
Colinas do Sul,
Monte Alegre de Goiás,
Nova Roma,
São João D’ Aliança
e Teresina de Goiás.
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