SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em entrevista coletiva realizada nesta quarta (16), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que reservou geradores, estendeu turno dos funcionários e que usará o sistema de câmeras da capital, o Smart Sampa, para rastrear os carros da concessionária Enel.

As medidas fazem parte do plano de contingência para a sexta (18), quando está prevista mais uma tempestade com ventania na cidade.

O prefeito anunciou que 300 funcionários da defesa civil irão continuar de plantão no fim de semana, bem como 2.000 funcionários da prefeitura, principalmente aqueles que participam da zeladoria da cidade. Além disso, a prefeitura reservou 100 geradores para os semáforos da cidade.

O plano foi traçado mesmo sem a certeza de qual será o impacto da chuva. “Ainda não temos confirmação do Centro de Gerenciamento de Emergências de que terá a quantidade de ventos e chuvas como de sexta”, afirmou Nunes.

O prefeito foi questionado se o uso das câmeras municipais para rastrear os carros da Enel não era uma forma de intimidação contra empresas que eventualmente entrarem em litigio com a gestão. Ele disse que se trata de serviço público. “Estou vendo o meu povo sofrer. É uma questão de necessidade.”

“Se eles quiserem, derrubam na justiça”, disse Nunes, em referência a concessionária. A medida, segundo ele, seria para aferir o que os funcionários estão fazendo e se a empresa está mandando às ruas o número de equipes que foi prometido.

Perguntado sobre o motivo das precauções não terem sido planejadas antes de sexta passada, mesmo com previsões metereológicas, Nunes disse que não tinha bola de cristal. “Eu não podia prever que a Enel iria demorar cinco dias para restabelecer um semáforo, né?”

O prefeito afirmou que as podas das árvores, que contam com fila de quase 14 mil pedidos pendentes, não interferem nos apagões. “Não tem correlação com poda nessa situação. Tem árvore que é coqueiro, que caiu, que não tem poda.”

A gestão também divulgou balanço de quatro semáforos, 16 árvores que ainda precisam de remoção, nove escolas e quatro UBS (Unidades Básicas de Saúde) que dependem de geradores e 49 mil casas sem energia.