Uma pesquisa realizada pela Quaest, divulgada neste domingo, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto para a presidência em 2026. O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estão empatados como as principais opções entre os eleitores de direita. As informações foram antecipadas pelo colunista Lauro Jardim.
No cenário sem a candidatura de Jair Bolsonaro, 32% dos entrevistados afirmam que votariam em Lula, enquanto 18% escolheriam Marçal e 15% Tarcísio. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores entre 25 e 29 de setembro, antes do primeiro turno das eleições municipais, com uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
Marçal, pela primeira vez, aparece como um forte candidato contra Lula, com 15% das intenções de voto, após ter perdido por uma pequena diferença na disputa pela prefeitura de São Paulo. Ele está ligeiramente à frente de Tarcísio, que registra 13%. Vale lembrar que a pesquisa foi realizada antes da polêmica envolvendo Marçal e um laudo falso relacionado ao seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL).
Apesar de uma queda de três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada em julho, Tarcísio continua sendo o favorito de Valdemar Costa Neto, presidente do diretório nacional do PL, que declarou que ele é a principal aposta do partido para 2026.
Queda de Michelle
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teve uma queda significativa nas intenções de voto, passando de 23% para 12%. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), caiu de 6% para 4%, o mesmo percentual registrado por Ronaldo Caiado (União). Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, também teve uma leve queda, de 4% para 3%. Notavelmente, 49% dos eleitores não souberam ou não quiseram opinar sobre quem seria o melhor candidato contra Lula.
Ao analisar apenas os eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2022, Michelle, Tarcísio e Marçal estão empatados dentro da margem de erro, com 24%, 23% e 22%, respectivamente. Caiado permanece com 4%, enquanto Ratinho Júnior e Zema têm 3% cada. Neste grupo, 20% dos entrevistados não souberam ou não responderam.
Rejeição à reeleição de Lula
Embora Lula seja o líder nas intenções de voto, a rejeição à sua candidatura em 2026 aumentou, passando de 53% para 58% em três meses. Atualmente, 40% dos eleitores apoiam uma nova candidatura de Lula, contra 45% em julho. A rejeição é maior entre os eleitores de renda média, atingindo 61% entre aqueles que ganham de dois a cinco salários mínimos. Por outro lado, o apoio à candidatura de Lula é mais forte entre os eleitores de baixa renda, onde 44% são favoráveis e 56% contrários a uma nova tentativa.
