SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O publicitário Washington Olivetto, que morreu neste domingo (13), aos 73 anos, viveu momentos de apuros no início do século. Em dezembro de 2001, aos 51 anos, ele foi vítima de um sequestro e permaneceu por 53 dias em um cativeiro antes de ser resgatado.

Olivetto foi sequestrado em 11 de dezembro de 2001. Ele foi abordado por um grupo formado por quatro chilenos, uma argentina e uma colombiana após sair de sua agência publicitária no bairro de Higienópolis, no centro de São Paulo. Olivetto foi abordado em uma falsa ação policial, colocado em outro veículo e levado para um cativeiro no Brooklin, zona sul da capital paulista.

Publicitário permaneceu trancafiado por 53 dias. O cativeiro minúsculo tinha as dimensões de 1 m por 2,5 m. No local, Olivetto escreveu uma carta aos sequestradores se queixando das condições do ambiente. Ele foi resgatado com apoio de agentes da Divisão Antissequestro e da Polícia Militar em 2 de fevereiro de 2002.

Ele relatou a experiência em entrevista após ser libertado. “Eu enviava bilhetes e eles respondiam com atitudes, quando eu era agressivo, eles cortavam a luz ou colocavam uma música que eu não gostava”, disse Olivetto na ocasião. Ele também rechaçou a possibilidade de ter desembolsado os R$ 10 milhões solicitados para o resgate.

Grupo de sequestradores era liderado por chileno. Mauricio Norambuena foi condenado pelo cárcere do publicitário. Ele ficou detido no Brasil até 2019, quando foi extraditado para o Chile por determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Os envolvidos pelo crime foram condenados a 16 anos de prisão. Além de Norambuena, foram sentenciados William Becerra, Marcos Ortega e Alfredo Moreno, a argentina Karina Lopez e a colombiana Marta Ligia Mejia.