PARATY, RJ (FOLHAPRESS) – O youtuber e empresário Felipe Neto começou sua esperada participação da Flip, na tarde desta sexta-feira (11), respondendo aos críticos de sua presença no evento literário.

“Não fui convidado por causa do meu número de seguidores, senão teria sido convidado antes”, disse.

Ele participa de um debate com a repórter especial da Folha Patrícia Campos Mello sob mediação da jornalista Fabiana Moraes. Ela abriu a mesa lendo comentários feitos em redes sociais quando a participação de Neto foi anunciada no festival.

“Quando veio essa onda de ‘não acredito que vão chamar esse idiota pra Flip’ me senti meio nostálgico”, diz o youtuber. “Passei por isso quando comecei a fazer vídeos e me chamavam para eventos de entretenimento. Ficavam ‘ah, quem é esse cara? Vamos focar no conteúdo inteligente.'”

Neto se tornou um fenômeno do mercado editorial ao quebrar recordes de vendas da editora com seu “Como Enfrentar o Ódio”, lançado pela Companhia das Letras neste ano. No livro, ele discute a experiência como uma das vozes opositoras ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Não posso cobrar que as pessoas conheçam meu trabalho. Posso pedir que venham, me perguntem coisas, me desafiem, porque de repente eu posso mostrar porque estou aqui humildemente.”

Ele precisou de um esquema de segurança reforçado, que incluiu ao menos cinco seguranças, uma viagem de helicóptero até Paraty e uma escolta policial até o auditório, que exigiu a revista de bolsas dos espectadores.

“Já estou impressionado com essa Flip. E quem criticou e está aqui peço só que escute com mente aberta. Assim como eu conto na minha trajetória de opinião, saindo da extrema-direita e virando de esquerda, acredito que seu ódio por mim possa se alterar.”